São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 2005

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Com novo aumento, barril vai a US$ 65

VINICIUS ALBUQUERQUE
DA FOLHA ONLINE

O preço do petróleo continuou em sua trajetória de alta e atingiu ontem a marca de US$ 65, com a divulgação da queda no estoque de gasolina nos EUA e aos problemas de produção enfrentados pelas refinarias no país.
O barril para entrega em setembro, negociado em Nova York, fechou o pregão de ontem cotado a US$ 64,90 (alta de 2,90%). Já o barril do tipo Brent, negociado na Bolsa de Londres, fechou a US$ 63,99 (aumento de 3,24%).
No horizonte também estão as tensões no Oriente Médio, com o temor de atentados a representações diplomáticas dos Estados Unidos localizadas em cidades da Arábia Saudita e com a retomada das atividades nucleares no Irã, contrariando a oposição da UE.
Segundo o relatório semanal de estoques do Departamento de Energia americano, o estoque de petróleo no país cresceu 2,8 milhões de barris, mas o estoque de gasolina baixou 2,1 milhões de barris, devido à forte demanda doméstica por combustível e à produção menor. O estoque de gasolina no país hoje está 7,9 milhões de barris abaixo do nível registrado no ano passado.
Os contratos futuros de gasolina e de combustível para aquecimento também bateram recordes ontem. Para analistas, houve muita compra especulativa desses produtos, já que investidores acreditam que o preço subirá porque haverá demanda maior do que a oferta devido aos problemas nas refinarias.
"Há várias indicações de que a demanda vai continuar aumentando enquanto nós chegamos ao que pode ser o limite do que as refinarias americanas podem produzir", disse Andy Weissman, presidente do Energy Ventures Group. "Como nós podemos atender à demanda neste ano e em 2006? De onde virá a capacidade adicional de refino?"
O mercado também parece acreditar que o preço do petróleo continuará subindo nos próximos meses. O contrato de petróleo para entrega em fevereiro de 2006 fechou ontem cotado a US$ 67,48 na Bolsa de Nova York.
O temor de que novos furacões na região do golfo do México afetem a produção das refinarias da região também pressiona as cotações. No ano passado, o furacão Ivan forçou o fechamento de diversas refinarias.


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