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Com novo aumento, barril vai a US$ 65
VINICIUS ALBUQUERQUE
DA FOLHA ONLINE
O preço do petróleo continuou
em sua trajetória de alta e atingiu
ontem a marca de US$ 65, com a
divulgação da queda no estoque
de gasolina nos EUA e aos problemas de produção enfrentados pelas refinarias no país.
O barril para entrega em setembro, negociado em Nova York, fechou o pregão de ontem cotado a
US$ 64,90 (alta de 2,90%). Já o
barril do tipo Brent, negociado na
Bolsa de Londres, fechou a US$
63,99 (aumento de 3,24%).
No horizonte também estão as
tensões no Oriente Médio, com o
temor de atentados a representações diplomáticas dos Estados
Unidos localizadas em cidades da
Arábia Saudita e com a retomada
das atividades nucleares no Irã,
contrariando a oposição da UE.
Segundo o relatório semanal de
estoques do Departamento de
Energia americano, o estoque de
petróleo no país cresceu 2,8 milhões de barris, mas o estoque de
gasolina baixou 2,1 milhões de
barris, devido à forte demanda
doméstica por combustível e à
produção menor. O estoque de
gasolina no país hoje está 7,9 milhões de barris abaixo do nível registrado no ano passado.
Os contratos futuros de gasolina
e de combustível para aquecimento também bateram recordes
ontem. Para analistas, houve muita compra especulativa desses
produtos, já que investidores
acreditam que o preço subirá porque haverá demanda maior do
que a oferta devido aos problemas
nas refinarias.
"Há várias indicações de que a
demanda vai continuar aumentando enquanto nós chegamos ao
que pode ser o limite do que as refinarias americanas podem produzir", disse Andy Weissman,
presidente do Energy Ventures
Group. "Como nós podemos
atender à demanda neste ano e
em 2006? De onde virá a capacidade adicional de refino?"
O mercado também parece
acreditar que o preço do petróleo
continuará subindo nos próximos meses. O contrato de petróleo para entrega em fevereiro de
2006 fechou ontem cotado a US$
67,48 na Bolsa de Nova York.
O temor de que novos furacões
na região do golfo do México afetem a produção das refinarias da
região também pressiona as cotações. No ano passado, o furacão
Ivan forçou o fechamento de diversas refinarias.
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