São Paulo, Sábado, 11 de Setembro de 1999
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C-Bonds têm maior valor desde julho

da Reportagem Local

Os C-Bonds, títulos da dívida brasileira mais comercializados no exterior, atingiram ontem cotação de 64,16% do seu valor de face. No mês, os papéis se valorizaram 7,27%.
É o maior valor atingido pelos papéis desde 7 de julho. Naquela ocasião, os C-Bonds foram comercializados a 64,25%. Depois, começaram a cair, chegando à cotação de 58,19% no mês passado.
Os C-Bonds refletem o grau de confiança externa na economia brasileira: quanto menor o deságio do papel, mais o comprador acredita na capacidade do governo em honrar seu compromisso no momento do pagamento.
A diminuição da percepção de que os juros norte-americanos vão subir novamente neste ano tem ajudado os papéis brasileiros. Com juros estáveis, os T-Bonds (títulos do Tesouro dos EUA) ficam menos atrativos. Assim, há uma tendência de procura por papéis que, apesar de conterem riscos maiores, paguem mais.
O "bug do milênio" (possibilidade de falha em sistemas computadorizados na virada do ano) também empurra o investidor para os C-Bonds.
Agências de investimentos norte-americanas têm recomendado a diminuição de dinheiro exposto em países latino-americanos, temendo problemas causados pelo bug. Uma opção considerada segura é comprar títulos de dívida.
"Ao contrário da percepção anterior, os títulos de dívida de Brasil e Argentina têm se mostrado uma boa opção", disse à rede de TV CNN Morris Offit, presidente do Offitbank, em Nova York.



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