da Reportagem Local

As quedas registradas pela Bovespa em agosto e a elevação do dólar tornaram as ações brasileiras baratas para os investidores, principalmente os estrangeiros.
Com verdadeiras "pechinchas" disponíveis no pregão, o investidor voltou a colocar dinheiro no mercado acionário.
A Bolsa acumula valorização de 7,56% neste mês. Em seis dos sete pregões de setembro, houve alta.
Embora a Bovespa ainda não tenha fechado o saldo parcial deste mês, os operadores da Bolsa dizem que o dinheiro estrangeiro voltou a circular pelo pregão.
Em agosto, os estrangeiros saíram da Bolsa (por meio de venda de ações). O saldo de dinheiro externo ficou negativo em R$ 627,7 milhões, o pior desde dezembro.
Isso explica também a melhora no volume financeiro negociado na Bovespa. Neste mês, a média é de R$ 480,692 milhões -0,53% a mais do que a de agosto.
O giro só não é melhor porque, na segunda-feira (com feriado nos EUA e na véspera do feriado brasileiro), a Bovespa registrou apenas R$ 54,575 milhões. Foi o dia mais fraco desde a implantação do Plano Real, em 94.
Volume melhor implica maior liquidez do mercado, dissipando um pouco a tendência de queda.
"Agosto teve um início muito ruim, com o índice de popularidade do presidente (Fernando Henrique Cardoso) em queda. No próprio mês a gente observou uma recuperação. Setembro entrou sem o exagero do mercado com relação à análise da fragilidade do presidente", afirma Nicolas Balafas, do Banco BNP.



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