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Fabricante de papel pode ter crédito
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) está empenhado em convencer o grupo norueguês Norske
Skog, controlador da fábrica de
papel de imprensa Pisa, a investir
na instalação de uma nova máquina para dobrar a capacidade
de produção no Brasil.
O banco estatal está disposto a
financiar o projeto, orçado em
US$ 400 milhões. A fábrica da Pisa fica em Jaguariaíva (PR).
Ontem, durante palestra para
dirigentes e empresários noruegueses, o presidente do banco estatal, Carlos Lessa, disse que vai
"colocar tapete vermelho e contratar banda de música" se for
procurado pelo grupo Norske
Skog para contratar empréstimo
destinado à instalação da segunda
máquina.
"Ficaria muito feliz se a Pisa instalasse a segunda máquina para
eliminar importações de papel de
imprensa", disse. O Norske Skog
é o segundo maior fabricante de
papel de imprensa do mundo.
Lessa disse que, se a Pisa instalar
a segunda máquina, o Brasil poderá deixar de ser importador e
até passar a exportar papel de imprensa. Segundo dados do
BNDES, a máquina teria capacidade para produzir 350 mil toneladas de papel de imprensa por
ano, enquanto em 2002 as importações do produto foram de 250
mil toneladas, para um consumo
total de 495 mil toneladas.
Lessa afirmou que o Brasil precisa da ampliação da Pisa "para o
ano passado". Segundo ele, a importação de papel de imprensa
exige "linhas de crédito especiais
muito difíceis". As linhas, segundo ele, teriam imposto às empresas jornalísticas a necessidade de
capital de giro adicional.
O presidente do BNDES disse
esperar que um "pequeno problema tributário" existente para a
instalação da nova máquina seja
resolvido na reforma tributária
em tramitação no Congresso.
O problema, diz o BNDES, é que
o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
cobrado sobre a energia elétrica
usada na fabricação onera o custo
do papel de imprensa nacional.
Petróleo
Ontem, a estatal petrolífera norueguesa Statoil assinou com a
Petrobras um protocolo de intenções para, no prazo de três meses,
estabelecerem parcerias em exploração e produção de petróleo e
gás natural.
Segundo Ottar Rekdal, vice-presidente da Statoil, a empresa
pretende chegar a 2006 com uma
produção diária de 100 mil barris
de petróleo/dia no Brasil. A empresa está também interessada
em instalar no Brasil uma fábrica
para liquefazer e exportar gás natural, especialmente para os Estados Unidos. O investimento na fábrica seria de US$ 2 bilhões.
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