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São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2003

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Fabricante de papel pode ter crédito

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) está empenhado em convencer o grupo norueguês Norske Skog, controlador da fábrica de papel de imprensa Pisa, a investir na instalação de uma nova máquina para dobrar a capacidade de produção no Brasil.
O banco estatal está disposto a financiar o projeto, orçado em US$ 400 milhões. A fábrica da Pisa fica em Jaguariaíva (PR).
Ontem, durante palestra para dirigentes e empresários noruegueses, o presidente do banco estatal, Carlos Lessa, disse que vai "colocar tapete vermelho e contratar banda de música" se for procurado pelo grupo Norske Skog para contratar empréstimo destinado à instalação da segunda máquina.
"Ficaria muito feliz se a Pisa instalasse a segunda máquina para eliminar importações de papel de imprensa", disse. O Norske Skog é o segundo maior fabricante de papel de imprensa do mundo.
Lessa disse que, se a Pisa instalar a segunda máquina, o Brasil poderá deixar de ser importador e até passar a exportar papel de imprensa. Segundo dados do BNDES, a máquina teria capacidade para produzir 350 mil toneladas de papel de imprensa por ano, enquanto em 2002 as importações do produto foram de 250 mil toneladas, para um consumo total de 495 mil toneladas.
Lessa afirmou que o Brasil precisa da ampliação da Pisa "para o ano passado". Segundo ele, a importação de papel de imprensa exige "linhas de crédito especiais muito difíceis". As linhas, segundo ele, teriam imposto às empresas jornalísticas a necessidade de capital de giro adicional.
O presidente do BNDES disse esperar que um "pequeno problema tributário" existente para a instalação da nova máquina seja resolvido na reforma tributária em tramitação no Congresso.
O problema, diz o BNDES, é que o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado sobre a energia elétrica usada na fabricação onera o custo do papel de imprensa nacional.

Petróleo
Ontem, a estatal petrolífera norueguesa Statoil assinou com a Petrobras um protocolo de intenções para, no prazo de três meses, estabelecerem parcerias em exploração e produção de petróleo e gás natural.
Segundo Ottar Rekdal, vice-presidente da Statoil, a empresa pretende chegar a 2006 com uma produção diária de 100 mil barris de petróleo/dia no Brasil. A empresa está também interessada em instalar no Brasil uma fábrica para liquefazer e exportar gás natural, especialmente para os Estados Unidos. O investimento na fábrica seria de US$ 2 bilhões.


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