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REGULAÇÃO
Após críticas no início do mandato de Lula, grupo interministerial elogia reguladoras em relatório para projeto de lei
Governo vê agências como "indispensáveis"
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Criticadas no início do governo
Luiz Inácio Lula da Silva, as agências reguladoras são, agora, consideradas "indispensáveis". Os elogios constam no relatório do grupo interministerial que serviu de
base para a elaboração dos projetos de lei que pretendem mudar a
relação das agências com o Poder
Executivo.
O texto do relatório acentua o
recuo do discurso do governo sobre o tema. No início do ano, o
presidente Lula chegou a dizer
que o Brasil havia sido "terceirizado" com a criação das agências.
Já no relatório divulgado ontem, o governo diz que "a presença das agências é indispensável
para o sucesso dos investimentos
privados, que são centrais para
suprir o déficit de investimento
em infra-estrutura do país".
Ainda de acordo com o documento, "entre as consequências
de agências reguladoras fortalecidas nos setores de infra-estrutura
está sua contribuição para a diminuição do custo de capital nesses
setores, com importante reflexo
nas tarifas e na própria disponibilidade e acesso aos serviços".
O fato de os diretores terem
mandatos estáveis e com duração
diferente da do presidente da República também foi elogiado. "O
mandato fixo para os dirigentes é
característica chave para a independência das agências", informa
o texto. O governo chegou a cogitar a hipótese de vincular a estabilidade dos mandatos ao cumprimento de metas contratuais.
O texto do relatório ressalta a
necessidade de maior transparência e controle social sobre as agências, além da necessidade de os
ministérios fazerem as licitações.
Os dois anteprojetos estão em
consulta pública até o dia 15.
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