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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Índices de inflação dividem apostas do mercado sobre juro
Os analistas do mercado ficaram bastante divididos ontem
com a divulgação dos índices de
inflação. A divisão diz respeito
à decisão da taxa de juro básica
da economia na reunião do Copom da próxima semana.
Uma parte reviu suas projeções e passou a acreditar na
possibilidade de uma queda de
0,25 ponto percentual na Selic
na reunião da próxima quarta-feira, depois do resultado do
IPCA de setembro, que registrou uma alta de 0,18%, um número bem inferior ao 0,47% de
agosto.
Já outra parte do mercado
manteve as apostas de o Banco
Central fazer uma parada técnica na semana que vem para
poder retomar depois os cortes
de juros com mais segurança
sobre a desaceleração da inflação. O número do IGP-M divulgado ontem reforça essa tese da
interrupção da queda da Selic.
Se o IPCA de setembro surpreendeu positivamente o
mercado, com o IGP-M ocorreu exatamente o contrário. O
IGP-M registrou uma alta de
0,84% na primeira prévia de
outubro, um resultado superior
ao 0,80% de setembro. O número assustou o mercado.
A alta do IGP-M também
preocupou a equipe econômica
do governo. O principal motivo
do susto foi o aumento do IPA
(Índice de Preços por Atacado),
de 1,14%. O grande vilão foi o
IPA agrícola, que registrou uma
alta de 3,65%. Nos últimos 12
meses, o IPA agrícola já acumula uma alta de 17,33%.
A maior pressão dessa vez sobre o IPA agrícola foi da carne,
do feijão e dos grãos, apesar de
o leite ter até baixado de preço.
Na opinião de membros da
equipe econômica, esse efeito
altista da carne e do feijão deve
arrefecer nas próximas semanas, com a entrada da safra desses produtos e dos grãos.
O que se pode concluir, a partir desses dados, é que a reunião do Copom da próxima semana deve ser uma das mais difíceis da história. O Banco Central manifestou de forma muito
clara, tanto na última ata do
Copom como no Relatório da
Inflação, que iria frear o processo de queda do juro, mas,
desde então, os números vieram muito favoráveis e os índices de preços ao consumidor se
desaceleraram fortemente.
Advent compra rede Viena de restaurantes
O fundo Advent International acaba de adquirir a rede de restaurantes Viena.
Focados no segmento de varejo de alimentos, o fundo
também comprou, no começo do ano, o grupo RA, de
concessões de restaurantes
nos aeroportos.
A idéia, agora, segundo
Patrice Etlin, sócio responsável pela Advent no Brasil e
"arquiteto" destas incorporações, é promover a sinergia entre as duas companhias."Vamos centralizar
todos os processos", diz.
Há também o plano de expansão da rede Viena, que
hoje conta com 60 unidades
e quatro marcas no eixo Rio-São Paulo. "Há potencial para abrir esse tipo de restaurante, de "casual dinning",
em todas as regiões do país.
Vamos acompanhar a explosão dos shoppings", diz.
TURBINADA
A Helpmed, distribuidora de produtos cirúrgicos e dermocosméticos, acaba de trazer ao país um novo modelo de prótese mamária da Perthese, fabricada pelo laboratório francês Perouse Plastie. O modelo, segundo Valéria Amódio, diretora de marketing da Helpmed, pode ser calculado na proporção do corpo da paciente e acompanha a tendência das
mulheres que agora procuram resultado mais natural. "O
que hoje existe é o modelo redondo perfil alto. O perfil natural parece mais com o seio." A empresa espera fechar 2007
com aumento de 40% na quantidade de próteses vendidas.
BOLA NO PÉ
O presidente Lula pensa
em ir, no dia 30, a Zurique,
na Suíça, para a cerimônia
de anúncio do país sede da
Copa de 2014. O Brasil é o
único candidato a sediar o
Mundial. O presidente da
CBF, Ricardo Teixeira, desembarcou ontem na Suíça,
com toda a programação do
evento.
ARRIBA
A chegada do Banco Azteca e das lojas Elektra ao Brasil é apenas a primeira leva
de investimentos de Ricardo
Salinas Pliego, terceira fortuna do México, no país. O
conglomerado de empresas
mexicanas, em parceria com
chineses, pensa em abrir
uma montadora no Brasil.
Delfim Netto pavimenta
eventuais entraves políticos
e o escritório Demarest e Almeida cuida do jurídico.
POLÊMICA LEVE
A JWT rebate a Y&R na
polêmica do "pega leve". A
empresa diz que lançou, em
14 de setembro, a campanha
de consumo responsável para Smirnoff, com o conceito
"uggo não". Frases usadas
no texto dos anúncios e outras peças da campanha, como "pega leve", segundo a
JWT, são só de uso coloquial
e não o conceito central da
campanha. A empresa diz
que as idéias criativas são totalmente diferentes das da
campanha da Schincariol e
que, de qualquer forma, a
anterioridade é da JWT, que
veiculou um outdoor para
Smirnoff com a expressão
"pegar leve", dia 21 de julho.
NA CORDILHEIRA
A Bodega Terrazas de los
Andes recebe, dia 13, 166 casais do 12º Meeting de João
Doria para um assado típico.
CALCULADORA
A Associação Brasileira de
Franchising está reavaliando a projeção de crescimento do setor para este ano em
relação a 2006 de 12% para
14%. Com a alta, o faturamento deve ser de cerca de
R$ 46 bilhões. Segundo a entidade, os segmentos de alimentação, higiene e beleza e
serviços automotivos são
responsáveis pelo aumento.
ENERGIA
A Abrace (de consumidores industriais de energia e
consumidores livres) faz em
dezembro um leilão de compra de energia para o mercado livre. A associação espera
negociar cerca de 1.800 MW
médios de energia firme para 2008 e 2009 para atender
à demanda de energia dos
seus associados, que são
75% do mercado livre. A iniciativa tem apoio da Empresa de Pesquisa Energética e
da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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