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PRIVATIZAÇÃO
Governo espera que o negócio seja feito em janeiro de 2004; data oficial e valor ainda não foram definidos
BC retoma venda do Banco do Maranhão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Central anunciou ontem a retomada do processo de
privatização do BEM (Banco do
Estado do Maranhão), paralisado
desde 2002. A expectativa do BC é
que a venda seja efetuada em janeiro de 2004. Data e valor ainda
não foram definidos.
A privatização do BEM deverá
ser a primeira do governo Luiz
Inácio Lula da Silva, que ainda
pretende vender, até 2004, os bancos do Piauí, do Ceará e de Santa
Catarina. "A ordem do Ministério
da Fazenda é privatizar esses bancos", afirma o diretor de Liquidações e Desestatização do BC, Gustavo do Vale. Na oposição, o PT
criticou a privatização de empresas estatais.
A venda dessas instituições financeiras foi acertada durante a
renegociação das dívidas desses
Estados com a União, durante a
gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Os acordos
previam que os bancos deveriam
ser privatizados, extintos ou
transformados em bancos de desenvolvimento. O Tesouro injetou R$ 332 milhões no BEM, por
meio do Proes (programa de socorro aos bancos estaduais).
Alguns Estados, porém, resistem em ter seus bancos privatizados. Já no final do ano passado,
por exemplo, o então governador
eleito de Santa Catarina, Luiz
Henrique (PMDB), pedia que a
venda do Besc fosse suspensa. O
diretor do BC diz que o Tesouro
está conduzindo as negociações
com os governadores para que as
privatizações possam se efetuar.
Ontem, no "Diário Oficial" da
União, foi publicado um edital
contendo demonstrações financeiras do BEM e instruções aos interessados em participar do leilão.
Data e preço mínimo devem ser
fixados na próxima reunião do
CMN, marcada para o dia 27.
Essa é a terceira tentativa de privatizar o BEM. Em 2000, um leilão
chegou a ser realizado. O preço
mínimo era de R$ 90 milhões,
mas o Bradesco, único banco habilitado, não fez nenhum lance. O
BEM tem 76 agências e patrimônio líquido de R$ 35,4 milhões.
No ano passado, um edital de
venda chegou a ser publicado,
mas uma decisão do Supremo
Tribunal Federal, porém, colocava em dúvida a legalidade de uma
cláusula do contrato que permitia
que o BEM, mesmo depois de privatizado, continuasse a gerenciar
os recursos do governo do Maranhão. Isso atrasou o processo.
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