São Paulo, quarta-feira, 11 de novembro de 2009

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VisaNet vira Cielo e tenta manter a liderança do setor

Mudança antecipa fim da exclusividade da empresa com a bandeira Visa; contrato se encerra em 2010

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O nome VisaNet vai deixar de existir e em seu lugar entra uma nova marca, a Cielo. A mudança segue a estratégia da companhia em se manter líder do segmento de meios eletrônicos de pagamento e antecipa o fim do contrato de exclusividade da empresa com a Visa, em junho de 2010.
A companhia quer agora ser conhecida por seu 1,6 milhão de clientes como uma credenciadora multibandeira. A mudança também corrobora com os esforços do governo em regulamentar o setor.
Acusado pelo Ministério Público Federal e pelo Banco Central de concentrarem o mercado em duas bandeiras -a Visa e a MasterCard-, o segmento chegou a levantar suspeitas do poder público sobre abuso de poder econômico.
Enquanto a regulação do setor não é definida no papel, a VisaNet sai na frente lançando uma pesada campanha publicitária na sexta-feira para deixar claro aos comerciantes que, na prática, as coisas mudam muito pouco. Entra o nome novo, Cielo, mas as máquinas serão repostas gradativamente, já que, segundo Eduardo Chedid, vice-presidente de Soluções e Negócios da quase extinta VisaNet, elas já estão aptas a receber pagamentos de cartões que não são Visa, como os cartões de crédito American Express. "A tecnologia está pronta", afirma.
O presidente da VisaNet, Rômulo de Mello Dias, diz não temer que as transformações o façam perder mercado. "Acredito que a pizza está aumentando, então teremos espaço para crescer", afirma. O alvo principal da marca para manter o crescimento da companhia na casa dos 20% são as regiões Norte e Nordeste. "São locais em que a presença bancária, de modo geral, é pequena, e a de cartões de débito e crédito, menor ainda", explica Mello.
Os investidores também receberão atenção especial nessa fase de transição. A empresa fez um grande IPO [oferta inicial de ações] em junho e captou R$ 8,4 bilhões de 52 mil investidores. "Vamos fortalecer nosso relacionamento com esses investidores e focar na divulgação e no desenvolvimento de produtos exclusivos", diz Mello. (PAULA NUNES)


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