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Inflação pelo IGP-DI é de 5,84% em novembro
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
A inflação medida pela Fundação Getúlio Vargas continua em
alta, apesar de dar sinais de desaceleração. O IGP-DI (Índice Geral
de Preços - Disponibilidade Interna), um dos três índices calculados pela instituição, registrou em
novembro alta de 5,84%, a maior
desde os 24,71% de julho de 1994.
Aquele foi o primeiro mês do
Real. À época, a inflação estava
contaminada por resíduos da inflação interrompida com o plano.
A taxa do IGP-DI de novembro
decorreu de aumentos de preços
no atacado, no varejo e nos custos
da construção civil. No atacado, a
alta foi de 7,45% (6,02% em outubro); no varejo, de 3,14% (1,14%
em outubro); e no custo da construção, de 2,45% (1,13% em outubro). O IGP-DI de outubro havia
sido de 4,21%.
Para o economista Salomão
Quadros, coordenador da equipe
responsável pelo cálculo do índice, o IGP-DI de novembro "concentrou todas as pressões ao mesmo tempo", como os aumentos
dos combustíveis. Por essa razão,
ele avalia que o índice, "provavelmente, será o pico" da série de índices calculada pela FGV.
Os índices são IGP-DI, IGP-10 e
IGP-M. Os três têm fórmulas de
cálculo idênticas, só mudando os
períodos de coleta, com diferença
de dez dias entre eles. Segundo
Quadros, desde julho os três estão
em alta constante.
O IGP-DI reflete os preços coletados de 1º a 30 do mês de referência. O próximo indicador a ser divulgado é o IGP-10 de dezembro
(coletado de 11 de novembro a 10
deste mês), que deverá apresentar
desaceleração, avalia Quadros.
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