São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 2002

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Inflação pelo IGP-DI é de 5,84% em novembro

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A inflação medida pela Fundação Getúlio Vargas continua em alta, apesar de dar sinais de desaceleração. O IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), um dos três índices calculados pela instituição, registrou em novembro alta de 5,84%, a maior desde os 24,71% de julho de 1994.
Aquele foi o primeiro mês do Real. À época, a inflação estava contaminada por resíduos da inflação interrompida com o plano.
A taxa do IGP-DI de novembro decorreu de aumentos de preços no atacado, no varejo e nos custos da construção civil. No atacado, a alta foi de 7,45% (6,02% em outubro); no varejo, de 3,14% (1,14% em outubro); e no custo da construção, de 2,45% (1,13% em outubro). O IGP-DI de outubro havia sido de 4,21%.
Para o economista Salomão Quadros, coordenador da equipe responsável pelo cálculo do índice, o IGP-DI de novembro "concentrou todas as pressões ao mesmo tempo", como os aumentos dos combustíveis. Por essa razão, ele avalia que o índice, "provavelmente, será o pico" da série de índices calculada pela FGV.
Os índices são IGP-DI, IGP-10 e IGP-M. Os três têm fórmulas de cálculo idênticas, só mudando os períodos de coleta, com diferença de dez dias entre eles. Segundo Quadros, desde julho os três estão em alta constante.
O IGP-DI reflete os preços coletados de 1º a 30 do mês de referência. O próximo indicador a ser divulgado é o IGP-10 de dezembro (coletado de 11 de novembro a 10 deste mês), que deverá apresentar desaceleração, avalia Quadros.


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