|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
País arquiteta plano para salvar os bancos
DO ENVIADO E DE BUENOS AIRES
O ministro da Economia argentino, Jorge Remes Lenicov, se reuniu ontem com economistas estrangeiros a fim de definir possíveis estratégias para solucionar a
crise do sistema financeiro.
Entre os especialistas estavam
Gustavo Loyola, ex-presidente do
BC brasileiro; o secretário das Finanças da Itália, Vito Tanzi; José
Tuya, diretor de assuntos financeiros e bancários do Tesouro dos
EUA; mais consultores da Espanha, Chile, Equador e México.
A Argentina busca alternativas
para promover a reestruturação
do sistema financeiro. O país foi
fortemente abalado pelo processo
de saída do regime de câmbio fixo
e pela decisão de pesificar (converter de dólares para pesos) contratos na paridade de um por um,
mas usar uma cotação de 1,40 peso para a conversão dos depósitos
em dólares. Especula-se que o governo irá promover uma versão
local do Proer, o programa de ajuda aos bancos adotado no Brasil.
O presidente Eduardo Duhalde
se reuniu ontem com representantes das principais empresas argentinas para discutir a crise econômica e avaliar medidas para
reativar o mercado interno.
Duhalde reafirmou o ""interesse
do governo em apoiar o empresariado nacional". Não fez mais do
que repetir os termos protecionistas de seu discurso. Os empresários se comprometeram a apoiar a
gestão Duhalde ""no rumo escolhido para tirar o país da crise".
Conter preços
Uma das preocupações da equipe econômica -e certamente
motivo da convocação- é a remarcação de preços. Na prática, o
governo já tratou de apoiar o empresariado: promoveu a pesificação de todas as dívidas em dólares
com taxa de 1 por 1.
O presidente reuniu-se também
com representantes do setor de
supermercados, que se comprometeram a evitar as remarcações.
Em janeiro, o país registrou inflação de 2,3%, a maior em uma década. A Federação do Comércio
Varejista apoia a medida. Convocou para ontem e hoje um feriado
comercial em repúdio aos aumentos de preços dos fornecedores.
(JAD E FV)
Texto Anterior: Desde as 2h, casas de câmbio já tinham filas Próximo Texto: Platinas - Trabalho: Número de demissões dobrou de dezembro para janeiro, segundo o governo Índice
|