|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Moeda dos EUA devolve alta da quinta-feira e cai 0,57%, cotada a R$ 2,604; Bolsa bate novo recorde
Dólar perde força e retoma tendência de queda
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar devolveu ontem a alta
registrada na quinta-feira e mostrou que a tendência para a moeda ainda é de baixa. Sem uma
ação mais vigorosa por parte do
Banco Central, o dólar caiu 0,57%
e recuou para R$ 2,604.
Nos negócios de quinta, a moeda americana subiu 0,54%. A venda de contratos de "swap" cambial feita pelo BC -que retirou
do mercado quase US$ 1 bilhão-
deu impulso para o dólar anteontem. Mas o movimento se mostrou sem forças para continuar.
Se o Copom (Comitê de Política
Monetária) ratificar as expectativas do mercado e elevar novamente a taxa básica, o real vai ganhar estímulo extra para se manter fortalecido diante da moeda
norte-americana.
Entre terça e quarta, o Copom
se reúne para definir a nova taxa
Selic, que está em 18,25% anuais.
A expectativa predominante é de
que a taxa suba para 18,75%. Apesar de os juros futuros terem recuado um pouco ontem, o cenário para o Copom não se alterou.
Economistas e analistas financeiros apontam as altas taxas do
país -descontada a inflação, são
as maiores do mundo- como fator importante para o atual movimento de apreciação do real. Os
juros elevados atraem investidores estrangeiros à caça de ganhos
rápidos, o que aumenta a oferta
de dólares no mercado em um
momento de baixa procura pela
moeda. Ontem, o dólar só não
caiu mais porque a autoridade
monetária realizou o já habitual
leilão de compra de moeda, ao adquirir montante estimado em
US$ 250 milhões diretamente das
instituições financeiras.
Ações em alta
A Bolsa de Valores de São Paulo
encerrou a semana comemorando nova pontuação inédita. Com
valorização de 0,96% no pregão
de ontem, o Ibovespa (principal
índice do mercado) alcançou os
26.670 pontos.
A entrada mais forte de capital
estrangeiro no mercado acionário
doméstico nos últimos dias tem
dado novo impulso à Bolsa paulista. Depois de chegar a cair quase 10% em meados de janeiro, a
Bolsa acumula neste mês valorização de 9,53%.
Até o último dia 9, as compras
de ações feitas pelos estrangeiros
superavam as vendas em R$ 931,7
milhões. Em todo o mês de janeiro, esse saldo ficou positivo em R$
575,5 milhões.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Tango da dívida: Adesão à troca está em 37%, diz Lavagna Próximo Texto: O vaivém dos commodities Índice
|