São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda dos EUA devolve alta da quinta-feira e cai 0,57%, cotada a R$ 2,604; Bolsa bate novo recorde

Dólar perde força e retoma tendência de queda


DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar devolveu ontem a alta registrada na quinta-feira e mostrou que a tendência para a moeda ainda é de baixa. Sem uma ação mais vigorosa por parte do Banco Central, o dólar caiu 0,57% e recuou para R$ 2,604.
Nos negócios de quinta, a moeda americana subiu 0,54%. A venda de contratos de "swap" cambial feita pelo BC -que retirou do mercado quase US$ 1 bilhão- deu impulso para o dólar anteontem. Mas o movimento se mostrou sem forças para continuar.
Se o Copom (Comitê de Política Monetária) ratificar as expectativas do mercado e elevar novamente a taxa básica, o real vai ganhar estímulo extra para se manter fortalecido diante da moeda norte-americana.
Entre terça e quarta, o Copom se reúne para definir a nova taxa Selic, que está em 18,25% anuais. A expectativa predominante é de que a taxa suba para 18,75%. Apesar de os juros futuros terem recuado um pouco ontem, o cenário para o Copom não se alterou.
Economistas e analistas financeiros apontam as altas taxas do país -descontada a inflação, são as maiores do mundo- como fator importante para o atual movimento de apreciação do real. Os juros elevados atraem investidores estrangeiros à caça de ganhos rápidos, o que aumenta a oferta de dólares no mercado em um momento de baixa procura pela moeda. Ontem, o dólar só não caiu mais porque a autoridade monetária realizou o já habitual leilão de compra de moeda, ao adquirir montante estimado em US$ 250 milhões diretamente das instituições financeiras.

Ações em alta
A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou a semana comemorando nova pontuação inédita. Com valorização de 0,96% no pregão de ontem, o Ibovespa (principal índice do mercado) alcançou os 26.670 pontos.
A entrada mais forte de capital estrangeiro no mercado acionário doméstico nos últimos dias tem dado novo impulso à Bolsa paulista. Depois de chegar a cair quase 10% em meados de janeiro, a Bolsa acumula neste mês valorização de 9,53%.
Até o último dia 9, as compras de ações feitas pelos estrangeiros superavam as vendas em R$ 931,7 milhões. Em todo o mês de janeiro, esse saldo ficou positivo em R$ 575,5 milhões.
(FABRICIO VIEIRA)

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