São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 2006

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Brasil sobe sete posições em ranking de eventos

DA REDAÇÃO

Entre 2002 e 2004, o Brasil subiu sete posições no ranking dos países que mais atraem eventos internacionais, passando da 21ª para a 14ª posição e se consolidando como um dos principais destinos também para esse tipo de turismo. E há expectativa de uma nova ascensão quando forem fechados os números de 2005.
Com os 106 eventos internacionais realizados no Brasil em 2004, pelo menos US$ 45 milhões entraram no país. Deles, participaram cerca de 87 mil pessoas, entre brasileiros e estrangeiros.
Responsável pelo trabalho de captar e apoiar esse tipo de evento pelo mundo, a Gerência de Captação e Promoção de Eventos foi criada na atual gestão, em 2003.
Desde então, com o apoio desse órgão, foram captados 71 eventos -há até um marcado para 2012-, que, no total, devem render US$ 70,8 milhões para o país -entre os que já foram realizados e os que ainda o serão.
Jeanine Pires, diretora de turismo de negócios e eventos da Embratur, explica que o trabalho não pára em vender o país para determinado evento. "Depois de captá-lo, temos que promovê-lo para que mais pessoas venham ao evento, aumentando o ingresso de visitantes", disse a diretora.
Os envolvidos no setor enumeram diversas vantagens para esse tipo de negócio: ocupa leitos hoteleiros em época de baixa temporada, atrai para o país visitantes que, depois, podem retornar trazendo suas famílias, os gastos dos participantes costumam superar os de turistas em viagens de lazer.
É um ramo tão lucrativo que a maioria das capitais do país tem a sua associação do tipo "convention bureau", trabalhando para captar eventos que sejam itinerantes para as suas cidades.
Segundo a ICCA (Associação Internacional de Congressos e Convenções, na sigla em inglês), o topo do ranking brasileiro é do Rio de Janeiro -27ª colocada no mundo em 2004-, seguido por São Paulo -53ª do planeta.
Paulo Senise, diretor-executivo do Rio Convention Bureau, diz que esse tipo de negócio é responsável, hoje, por 13% a 14% da ocupação da hotelaria da cidade. "É fácil vender o Rio porque misturamos hospitalidade e belezas naturais à oportunidade e aos bons equipamentos, como Riocentro, em que podemos organizar cinco eventos simultaneamente."
Mas, para este ano, Senise vê os negócios serem fechados com mais lentidão do que em 2005. "Sendo realista, não acho que vai ser o melhor ano." Ele cita o aumento da concorrência como um dos fatores a provocarem essa retração prevista para 2006.
Por São Paulo, Toni Sando, do convention bureau local, afirma que foi montada uma equipe especialmente para atrair e promover eventos internacionais. Ele cita os resultados de 2005: 60 negócios fechados. E enumera as vantagens paulistanas: "Temos 50 mil quartos na cidade, e esse excesso de oferta acaba sendo bom para a cidade, pois podemos oferecer tarifas competitivas." (FS)

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