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SISTEMA FINANCEIRO
Em abril, comando será dividido entre Fernando Sotelino e Joaquim Francisco de Castro Neto
Zinner deixa presidência do Unibanco
da Reportagem Local
A partir de abril o Unibanco, terceiro maior banco privado do
país, mudará sua presidência.
Tomas Zinner, atual presidente,
chegou à idade limite de 60 anos
para ocupação do cargo no final
de janeiro e será substituído por
dois executivos, Joaquim Francisco de Castro Neto e Fernando Sotelino.
O Unibanco aproveita a saída de
Zinner para alterar sua estrutura
de comando, dividindo o poder.
Castro Neto, 53, será o presidente da área de varejo do banco, enquanto Sotelino, 48, responderá
pelo banco de atacado.
Zinner não deixa o Unibanco e
passará à vice-presidência do conselho de administração.
Há cerca de um ano o banco estudava como seria a sucessão e
desde agosto o novo modelo vem
sendo implementado.
"O novo modelo é reflexo de como o Unibanco vinha se posicionando, apoiado em quatro pilares.
O varejo, o atacado, a área de seguros e a de administração de recursos", diz Fernando Sotelino.
Os nomes foram escolhidos pelo
conselho do banco, presidido por
Pedro Moreira Salles, único dos
quatro filhos de Walther Moreira
Salles que se interessa pelo banco
da família.
A nova estrutura criou ainda
uma vice-presidência corporativa,
que engloba planejamento, controladoria, controle de risco global
e relações com investidores e mercado, que será ocupada por Cesar
Sizenando.
Sizenando, Sotelino e Castro Neto serão alçados, ainda, ao órgão
máximo de poder dentro da estrutura do Unibanco, o Comitê de
Políticas Estratégicas. Lá já estão
Pedro Moreira Salles, Tomas Zinner, Israel Vainboim (presidente
da holding do grupo) e Gabriel
Jorge Ferreira (conselheiro).
Juntamente com a reestruturação, o Unibanco divulgou o maior
resultado de sua história. O banco
lucrou R$ 430,8 milhões em 97, o
que representou um aumento de
51% sobre 96.
Segundo a Folha apurou, o número teria ultrapassado os R$ 500
milhões se não fossem as perdas
ocasionadas pela crise de outubro
passado, que derrubou as Bolsas
no mundo todo.
O retorno patrimonial do Unibanco, com isso, ficou em 18%,
bastante elevado para um banco
predominantemente de varejo.
O Bradesco também está mudando sua estrutura de poder, mas
mantém Lázaro de Mello Brandão
na presidência.
A partir de março, quando a assembléia geral do banco ratificará
as alterações, o Bradesco terá mais
dois vice-presidentes, Décio Tenerello e Mário Teixeira Júnior.
Atualmente, são quatro os vice-presidentes do banco: Antônio
Bornia, Ageo Silva, Dorival Bianchi e Márcio Cypriano.
(VANESSA ADACHI)
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