São Paulo, quinta, 12 de fevereiro de 1998

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SISTEMA FINANCEIRO
Em abril, comando será dividido entre Fernando Sotelino e Joaquim Francisco de Castro Neto
Zinner deixa presidência do Unibanco

da Reportagem Local

A partir de abril o Unibanco, terceiro maior banco privado do país, mudará sua presidência.
Tomas Zinner, atual presidente, chegou à idade limite de 60 anos para ocupação do cargo no final de janeiro e será substituído por dois executivos, Joaquim Francisco de Castro Neto e Fernando Sotelino.
O Unibanco aproveita a saída de Zinner para alterar sua estrutura de comando, dividindo o poder.
Castro Neto, 53, será o presidente da área de varejo do banco, enquanto Sotelino, 48, responderá pelo banco de atacado.
Zinner não deixa o Unibanco e passará à vice-presidência do conselho de administração.
Há cerca de um ano o banco estudava como seria a sucessão e desde agosto o novo modelo vem sendo implementado.
"O novo modelo é reflexo de como o Unibanco vinha se posicionando, apoiado em quatro pilares. O varejo, o atacado, a área de seguros e a de administração de recursos", diz Fernando Sotelino.
Os nomes foram escolhidos pelo conselho do banco, presidido por Pedro Moreira Salles, único dos quatro filhos de Walther Moreira Salles que se interessa pelo banco da família.
A nova estrutura criou ainda uma vice-presidência corporativa, que engloba planejamento, controladoria, controle de risco global e relações com investidores e mercado, que será ocupada por Cesar Sizenando.
Sizenando, Sotelino e Castro Neto serão alçados, ainda, ao órgão máximo de poder dentro da estrutura do Unibanco, o Comitê de Políticas Estratégicas. Lá já estão Pedro Moreira Salles, Tomas Zinner, Israel Vainboim (presidente da holding do grupo) e Gabriel Jorge Ferreira (conselheiro).
Juntamente com a reestruturação, o Unibanco divulgou o maior resultado de sua história. O banco lucrou R$ 430,8 milhões em 97, o que representou um aumento de 51% sobre 96.
Segundo a Folha apurou, o número teria ultrapassado os R$ 500 milhões se não fossem as perdas ocasionadas pela crise de outubro passado, que derrubou as Bolsas no mundo todo.
O retorno patrimonial do Unibanco, com isso, ficou em 18%, bastante elevado para um banco predominantemente de varejo.
O Bradesco também está mudando sua estrutura de poder, mas mantém Lázaro de Mello Brandão na presidência.
A partir de março, quando a assembléia geral do banco ratificará as alterações, o Bradesco terá mais dois vice-presidentes, Décio Tenerello e Mário Teixeira Júnior.
Atualmente, são quatro os vice-presidentes do banco: Antônio Bornia, Ageo Silva, Dorival Bianchi e Márcio Cypriano.
(VANESSA ADACHI)



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