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Excel intensifica retirada do Nordeste
VANESSA ADACHI
da Reportagem Local
O Banco Excel Econômico está
intensificando a política de reduzir
sua presença no Nordeste dois
anos após ter assumido o compromisso de manter negócios na região, principalmente na Bahia.
O mais recente indício dessa
orientação foi o anúncio da demissão de 400 de seus 6.000 funcionários. A Folha apurou que 70% do
corte é no Nordeste.
A estratégia do Excel, de se concentrar no Sul e Sudeste, já vinha
sendo colocada em prática. A mudança de foco é confirmada pela
distribuição das agências.
Quando Ezequiel Nasser assumiu o Econômico, em 1996, dois
terços das 284 agências estavam no
Nordeste.
Hoje, a situação se inverteu: dois
terços das 232 agências estão no
Sul e Sudeste.
O banco, no entanto, nunca quis
dar divulgação a essa política, que
conflita com os interesses do senador Antônio Carlos Magalhães
(PFL-BA), patrocinador da solução para o Econômico.
A sede do banco continua sendo
em Salvador, onde funcionam as
áreas administrativas e de sistemas. Mas a instituição é comandada de São Paulo, onde ficava a sede
regional do antigo Econômico.
As demissões provocaram protestos dos bancários. Na segunda-feira, o sindicato organizou
greve de 24 horas no centro de
processamento de dados do banco, em Salvador.
Na terça-feira, foi a vez de as
agências da cidade pararem.
Hoje sindicalistas se reúnem
com representantes do banco para
tentar reverter as demissões.
Além de esvaziar os negócios no
Nordeste, o banco pretende com
as demissões equilibrar suas contas.
O corte reduziria em 10% a folha
de pagamentos, que está próxima
de R$ 14 milhões por mês.
Marketing esportivo
Em São Paulo, o Excel Econômico não obteve o retorno esperado
com o patrocínio do Corinthians,
iniciado no ano passado.
O time venceu o campeonato
paulista de 97, mas depois amargou resultados decepcionantes.
O banco diz, no entanto, que a
estratégia foi um sucesso para projeção de sua marca.
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