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CRISE ASIÁTICA
Governo indonésio confirma a criação de câmbio fixo para estabilizar moeda
Complô ataca rupia, diz presidente
das agências internacionais
O presidente Suharto, da Indonésia, disse ontem que a queda da
moeda local, a rupia, era resultado
de "um complô deliberado para
destruir a economia" do país.
Suharto afirmou que o objetivo
do complô é fazer a rupia chegar à
cotação de 20 mil unidades por
dólar. Desde o começo da crise
asiática, em julho do ano passado,
a rupia já perdeu mais de 70% do
seu valor.
O ministro das Finanças, Mar'ie
Muhamad, confirmou ontem ao
Parlamento a adoção de um câmbio fixo com o objetivo de estabilizar a moeda. Ele não informou,
porém, quando o novo câmbio
começará a ser adotado no país.
Especula-se no mercado financeiro indonésio que a moeda seria
fixada a uma paridade entre 5.000
e 6.000 unidades por dólar a partir
da próxima semana.
De acordo com analistas, a fragilidade do setor bancário e a falta
de reservas cambiais devem prejudicar o estabelecimento de um
câmbio fixo.
Ontem, indonésios que faziam
uma manifestação contra a alta
dos preços no centro de Jacarta, a
capital do país, foram detidos pela
polícia.
Coréia
Uma corte sul-coreana determinou ontem que o Boram Bank
suspendesse temporariamente um
pagamento de cerca de US$ 180
milhões ao banco norte-americano J.P. Morgan.
O pedido de suspensão do pagamento foi feito na segunda-feira
pela corretora sul-coreana S.K. Securities.
O J.P. Morgan havia feito um
contrato de swap com o Boram
Bank em fevereiro do ano passado. O contrato venceria hoje.
Com o contrato, o banco sul-coreano pretendia se proteger de
contrato similar fechado com um
grupo de três empresas que inclui
a S.K. Securities.
Contratos como o firmado entre
o Boram Bank e o J.P. Morgan não
receberam garantias do governo
sul-coreano em acordo fechado
recentemente com credores internacionais.
China
Os investimentos na China em
97 cresceram 9% e chegaram a
US$ 316 bilhões, o que representa
queda em relação ao ano anterior.
Em 96, os investimentos haviam
aumentado 14,8%, segundo dados
oficiais.
O fluxo de capitais teve aumento
de 14,5% no setor da construção
civil, de 40% no da agricultura, de
21,7% no de energia e de 34,8% no
de transportes, correios e telecomunicações. Não foram divulgados dados sobre investimentos no
setor industrial.
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