da Sucursal de Brasília

O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, afirmou que o governo não pretende deixar que o rendimento da poupança seja inferior à inflação.
"Não é interesse do governo desacreditar a poupança. O presidente quer tranquilizar o poupador, não haverá perda de rentabilidade da poupança", afirmou Amaral.
Foi uma resposta às projeções de que o rendimento da poupança poderá ser negativo nos próximos meses.
Quem aplicou dinheiro na poupança em 1º de fevereiro, por exemplo, terá rendimento de 1,3339%. A inflação do mês pode chegar a algo entre 2% e 3%, segundo estimativas do mercado.
Amaral considerou "exageradas" as previsões de inflação de 3% para os próximos meses.
Procurado pela Folha depois de sua entrevista, Amaral disse que consultou o presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o assunto e ouviu que o governo não quer que o poupador tenha perdas. Não disse, porém, como isso seria feito.
A forma mais óbvia seria evitar a alta da inflação. Entretanto, a economia está vivendo o impacto mais forte da maxidesvalorização.
A própria equipe econômica considera inevitável uma elevação maior de preços neste primeiro semestre. A expectativa é controlar a inflação ao longo do ano.
É possível, em tese, mudar o cálculo do rendimento da poupança, permitindo ganhos maiores. Nesse caso, porém, seriam prejudicados os mutuários do SFH.


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