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Ajuda a bancos federais somou R$ 12,5 bilhões
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em junho do ano passado, o
governo criou o Proef (Programa de Fortalecimento das Instituições Financeiras Federais)
para socorrer bancos federais
em dificuldades. Embora tenha
beneficiado também os bancos
do Brasil, do Nordeste e da
Amazônia, a CEF foi a que mais
precisava da ajuda do Tesouro.
Dos R$ 12,5 bilhões que a
União injetou nos quatro bancos, R$ 9,35 bilhões foram para
a CEF. A instituição precisava
dos recursos para se enquadrar
nas normas criadas pelo Banco
Central no final de 1999. Pelas
regras, os bancos são obrigados
a manter um capital mínimo
para cobrir suas operações de
risco.
O BC exige que os bancos tenham patrimônio líquido equivalente a, pelo menos, 11% de
seus ativos classificados como
de risco. Para cumprir essa exigência, foram tomadas duas
medidas gerais: uma foi aumentar o tamanho do patrimônio líquido. Isso foi feito por
meio do aumento de capital
-patrocinado pelo Tesouro-
no valor de R$ 9,35 bilhões.
Além disso, a CEF transferiu
para o governo federal parte de
suas operações de risco. Esses
créditos podres repassados à
União somaram cerca de R$
53,5 bilhões. O prejuízo dos cofres públicos, nesse caso, vai
depender de quanto desses créditos o Tesouro vai conseguir
receber.
Com esses dois passos, o governo conseguiu fazer com que
a relação entre patrimônio líquido e operações de risco da
CEF ficassem nos 11% exigidos
pelo BC.
No caso do Banco do Brasil,
porém, os resultados da reestruturação foram obtidos com
maior velocidade. O lucro da
instituição passou de R$ 304
milhões no primeiro semestre
para R$ 778 milhões no segundo.
De acordo com o diretor de
Finanças da CEF, Valdery Albuquerque, a instituição não
obteve o mesmo resultado do
Banco do Brasil em 2001 porque a reestruturação do BB teve
início ainda em 1996, quando
recebeu ajuda de R$ 8 bilhões
do Tesouro. Naquele ano, a instituição teve prejuízo de R$ 7,5
bilhões.
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