São Paulo, terça-feira, 12 de março de 2002

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PESQUISA

Cresceram as vendas e também o nível de emprego

Indicadores da CNI reforçam os sinais de recuperação da indústria

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

A indústria brasileira começa a dar sinais de recuperação. É o que mostra a pesquisa Indicadores Industriais da CNI (Confederação Nacional da Indústria). O levantamento apontou alta de 2,6% nas vendas reais e de 1,8% nas horas trabalhadas na produção -ambos os índices sem efeito sazonal (típico de cada período)- em relação a dezembro.
Cresceram também o emprego industrial (0,23% na taxa com ajuste sazonal e 0,08% de dezembro para janeiro, primeira alta em sete meses) e a utilização da capacidade instalada das fábricas (alta de 1,78 ponto percentual, para 80,2%).
Esse nível de uso das instalações da indústria não era atingido desde o fim do primeiro semestre do ano passado. Na comparação com janeiro de 2001, porém, o indicador apresentou queda de 1,5%, ficando em 78,9%.
Para Flávio Castelo Branco, economista da CNI, o "otimismo registrado pelo mercado financeiro a partir de novembro passado, quando o Brasil descolou da Argentina, começa a se configurar na economia real".
Apesar de dar sinais positivos, as vendas da indústria ainda estão longe de igualar o nível de maio do ano passado, considerado por Castelo Branco como o pico de atividade do setor. Naquele mês, elas haviam crescido 3,96%.
Castelo Branco prevê que até o fim do semestre, se mantidas as atuais condições, a indústria retomará o patamar de maio passado. Mas, para que isso ocorra, afirma, o governo não poderá interromper a queda dos juros. "A queda dos juros é vital para novos investimentos", disse.



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