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"Tratoraço" defende cultivo de modificados
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Produtores rurais do Rio Grande do Sul realizaram ontem, no
município de Júlio de Castilhos,
um protesto pouco usual: reuniram cerca de 500 pessoas, utilizaram 260 tratores e fizeram o que
chamam de ""tratoraço", pedindo
a liberação da plantação de transgênicos no Brasil. A estimativa de
comparecimento foi feita pelos
organizadores.
O cultivo de sementes transgênicas, tema polêmico em todo o
Brasil, tem no Rio Grande do Sul
uma região mais sensível à controvérsia. Por ter fronteira com a
Argentina, denúncias contra o
contrabando de soja geneticamente modificada são comuns.
Além do mais, o governo petista
do Estado se opõe ao cultivo de
transgênicos, utilizando a lavoura
totalmente orgânica como atrativo para exportar mais, especialmente para países europeus.
Os produtores que defendem e
até utilizam transgênicos ilegalmente alegam que eles são econômicos e mais resistentes às pragas.
Os opositores alegam não haver
provas suficientes de que os transgênicos não prejudicam a saúde.
Dizem também que a comercialização de transgênicos, monopolizada, prejudicaria os pequenos
agricultores.
Novos ""tratoraços" estão previstos para hoje no município de
Tupanciretã, na região central do
Estado, e em Júlio de Castilhos.
Recentemente, a Justiça determinou que a Polícia Federal incinerasse sementes transgênicas
que vinham sendo plantas em Tupanciretã.
(LÉO GERCHMANN)
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