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Gerenciamento equivocado de pesqueiro impacta ambiente
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao contrário do que se pensava
inicialmente, a administração de
um pesque-pague necessita de
cuidados específicos.
A cultura de peixes para esse tipo de atividade requer grande habilidade, afirma João Donato
Scorvo Filho, pesquisador da Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) do Estado
de São Paulo. Scorvo destaca que
se não estiverem saudáveis, os
peixes não aceitarão as iscas.
A escolha criteriosa dos peixes,
o transporte em veículos adequados e o respeito ao ambiente são
outros pontos a serem levados em
consideração por quem deseja
entrar no ramo.
A possibilidade de impacto ambiental é o principal problema
que a má gerência de um pesque-pague pode acarretar, segundo
Leonardo Hasenclever, 31, consultor do PNDPA (Programa Nacional de Desenvolvimento da
Pesca Amadora).
Efeitos colaterais
Um dos efeitos colaterais que a
atividade pode causar é a utilização indiscriminada de espécies
exóticas de peixes, que em caso de
transbordamento do tanque, poderia ameaçar o equilíbrio do
ecossistema da região do pesqueiro.
A produção de lixo também
causa preocupação. Um fim de
semana num pesqueiro de médio
porte pode gerar cerca de 2 toneladas de lixo, proveniente em
grande parte da limpeza dos peixes.
Água
A utilização dos recursos hídricos é outro fator, com o qual o
proprietário deve se preocupar.
Sem o controle adequado, há o
risco de contaminação dos mananciais pela ração utilizada na
alimentação dos peixes ou mesmo por bactérias, que podem atacar os peixes criados em cativeiro.
Pedro Sérgio Rigolo é proprietário de um pesque-pague em Jundiaí, também aponta instalações
sanitárias como outro fator merecedor da atenção dos administradores de pesqueiros. Um planejamento de esgoto malsucedido pode ameaçar o bem-estar dos frequentadores.
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