São Paulo, terça-feira, 12 de março de 2002

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Empresário investe em linguiça e lazer para garantir sobrevivência

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma história de sucesso no ramo dos pesque-pague é contada por Francisco de Pádua Bueno, 50, proprietário do pesqueiro Primavera, localizado em São Roque (59 km de São Paulo).
Em 1994, com um investimento inicial de R$ 100 mil e mão-de-obra familiar, Bueno aproveitou conselhos de amigos para transformar a sua propriedade de veraneio em pesque-pague.
Como a maioria dos que apostaram nesse investimento, Bueno não tinha experiência no ramo da piscicultura. Antes de abrir o seu pesqueiro, sua atividade principal era a construção civil.
Três anos depois da abertura do empreendimento, oficializou o seu pesqueiro como empresa com a ajuda do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Bactéria
Para o proprietário, não há mais espaço para amadores no gerenciamento de pesqueiros. Em oito anos à frente do seu pesque-pague, já viu vários concorrentes saírem do mercado. Ele conta que, em 97, quase perdeu o investimento em decorrência da lérnia (bactéria que ataca os peixes).
Depois do susto, decidiu apostar a sua qualificação profissional com cursos de aquicultura e piscicultura.
Animado com o desempenho do seu negócio -movimenta aproximadamente R$ 20 mil por fim de semana-, resolveu apostar na construção de outro pesque-pague, no qual pretende investir cerca de R$ 200 mil.

Linguiça
Apesar de confiar nos lucros que o pesque-pague proporciona, Bueno afirma que a diversificação de atividades é um dos seus grandes trunfos para se manter ativo no mercado. Incentivado pelo Sebrae, ele iniciou seu próprio cultivo de peixes para fabricação artesanal de linguiças e hambúrgueres de peixe.
Outra estratégia para garantir visitantes durante todo o ano é transformar seu pesqueiro em um centro de lazer completo, com a construção de quadras de esporte e piscinas.



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