São Paulo, sexta-feira, 12 de março de 2004

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CNI vai revisar crescimento da indústria

CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A estagnação econômica e, principalmente, a fraca reação da indústria no início do ano levarão a CNI (Confederação Nacional da Indústria) a rever a previsão de crescimento de 4,5% do PIB industrial para este ano.
Segundo o coordenador de pesquisas da CNI, Renato Fonseca, até o fim do mês será feita uma revisão "provavelmente para baixo".
Em janeiro, os indicadores industriais mensais da CNI apresentaram variação positiva em todos os itens em relação a dezembro, mas abaixo do esperado.
O melhor resultado foi o das vendas, que aumentaram 2,77% acima da inflação em relação a dezembro. O crescimento foi considerado forte pela CNI. Mas analistas da instituição afirmam que o resultado não reflete aumento da produção, mas redução de estoques elevados.
Com a demanda interna ainda deprimida, as vendas foram impulsionadas pelas exportações. Com relação a janeiro de 2003, as vendas aumentaram 10,8%.
O nível de pessoal empregado aumentou 0,14%, e o volume de horas trabalhadas na indústria, 0,51%, sempre ante dezembro. "A estabilidade das horas trabalhadas é um efeito típico de uma economia praticamente estagnada", disse Fonseca.
Para a CNI, os investimentos sobem em março. "Para manter o nível de vendas será preciso aumentar a produção, já que os estoques estarão terminando", afirmou.


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