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CNI vai revisar crescimento
da indústria
CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A estagnação econômica e,
principalmente, a fraca reação da indústria no início do
ano levarão a CNI (Confederação Nacional da Indústria)
a rever a previsão de crescimento de 4,5% do PIB industrial para este ano.
Segundo o coordenador
de pesquisas da CNI, Renato
Fonseca, até o fim do mês será feita uma revisão "provavelmente para baixo".
Em janeiro, os indicadores
industriais mensais da CNI
apresentaram variação positiva em todos os itens em relação a dezembro, mas abaixo do esperado.
O melhor resultado foi o
das vendas, que aumentaram 2,77% acima da inflação
em relação a dezembro. O
crescimento foi considerado
forte pela CNI. Mas analistas
da instituição afirmam que o
resultado não reflete aumento da produção, mas redução de estoques elevados.
Com a demanda interna
ainda deprimida, as vendas
foram impulsionadas pelas
exportações. Com relação a
janeiro de 2003, as vendas
aumentaram 10,8%.
O nível de pessoal empregado aumentou 0,14%, e o
volume de horas trabalhadas na indústria, 0,51%,
sempre ante dezembro. "A
estabilidade das horas trabalhadas é um efeito típico de
uma economia praticamente estagnada", disse Fonseca.
Para a CNI, os investimentos sobem em março. "Para
manter o nível de vendas será preciso aumentar a produção, já que os estoques estarão terminando", afirmou.
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