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EMPREGO
Governo vai antecipar liberação de verbas contra o desemprego que, normalmente, sairiam no 2º semestre
Emprego não terá recursos adicionais
da Sucursal de Brasília
O governo não pretende fazer
gastos adicionais para combater o
desemprego. Embora a taxa de janeiro calculada pelo IBGE tenha
sido alta (7,25%), não haverá proposta emergencial que envolva
acréscimo de recursos da União.
A intenção do governo é concentrar no primeiro semestre deste ano os gastos já previstos no Orçamento com programas de combate ao desemprego. Ou seja, a
idéia é antecipar desembolsos
que, normalmente, seriam feitos
apenas no segundo semestre do
ano.
Com isso, o governo pretende
minorar a situação do desemprego no país nos primeiros meses do
ano. A avaliação é que até abril,
pelo menos, as taxas de desemprego continuarão elevadas.
A partir de maio, a equipe econômica acredita que a redução dos
juros começará a surtir efeito, aumentando as vendas do comércio
e, também, o ritmo da indústria.
Para agilizar a liberação de recursos, o governo pretende desburocratizar alguns programas
que têm impacto na geração de vagas no mercado de trabalho.
Na reunião ministerial de amanhã, a intenção é identificar os
problemas e facilitar o acesso de
micro e pequenas empresas ao
crédito.
Amanhã, o ministro Paulo Paiva
(Trabalho) irá fazer um diagnóstico do mercado de trabalho e mostrar as ações do governo para estimular a criação de vagas.
Na terça-feira, os ministros se
reuniram para apresentar os programas de cada área. Os dados serão consolidados e apresentados
nessa reunião.
A intenção é criar um grupo
com coordenação do Ministério
do Trabalho para acompanhar o
andamento desses projetos.
Paiva disse que o esforço é mobilizar todo o governo para priorizar
programas de geração de emprego. "Vamos ver as ações de cada
ministério individualmente e definir as áreas prioritárias. Queremos garantir que os programas sejam realizados", afirmou, após
participar de uma conferência na
Confederação Nacional da Indústria.
O Pró-emprego, por exemplo,
tem previsão de investimentos de
R$ 9 bilhões até o final de 98 em
área de infra-estrutura, como
transporte coletivo de massa, saneamento ambiental e turismo.
Dados do Ministério do Planejamento mostram que, desde a criação desse programa, em 96, apenas R$ 2,25 bilhões foram efetivamente liberados. Outros R$ 5,04
bilhões foram contratados e estão
em fase de liberação.
Embora esteja preocupada com
o aumento do desemprego, a
equipe econômica acha que não
há como adotar novas medidas
que possam aumentar a oferta de
empregos no curto prazo.
O governo avalia que essas medidas são apenas emergenciais. A
melhor medida para reduzir o desemprego, segundo a equipe econômica, continua sendo o crescimento econômico, que deve ficar
em no máximo 2% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.
Como fatores a favor dessa tendência o governo aposta na queda
dos juros e no início do SFI (Sistema Financeiro Imobiliário).
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