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Sindicato dita regra em nova contratação
Metalúrgicos fixam
cota para dirigente
SHIRLEY EMERICK
da Sucursal de Brasília
O Sindicato dos Metalúrgicos
de São Paulo (ligado à Força
Sindical) está fazendo exigências às empresas para autorizar
a contratação de trabalhadores
por prazo determinado.
Os principais beneficiados
pelas condições impostas são
os trabalhadores associados ao
sindicato -os únicos que poderiam ser contratados- e os
próprios dirigentes sindicais
-que ocupariam 30% das vagas oferecidas.
As exigências foram expostas
pelo presidente do sindicato,
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Ele também exige que a
empresa esteja em dia com o
repasse de todas as contribuições à entidade.
"Se a empresa estiver devendo, tem de pagar. Senão, ela
não quita nunca esse débito",
disse o sindicalista.
Paulinho falou sobre esse
procedimento em palestra ontem na CNI (Confederação Nacional da Indústria) para uma
platéia formada por empresários de todo o país.
"Dependendo da empresa,
exijo um monte de coisas que
não posso contar aqui para vocês", afirmou aos empresários.
A platéia riu.
Paulinho elogiou a medida
do governo que estendeu a utilização do contrato por prazo
determinado a todas as atividades da economia.
A lei estabelece a redução de
encargos sociais para as empresas que fizerem novas contratações. Alguns têm desconto de 50% em alíquotas -por
exemplo, das contribuições ao
"sistema S" (Sesi, Senai, Sesc e
Sebrae) e do seguro contra acidentes do trabalho.
Segundo o sindicalista, a CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) é muito rígida e precisa
ser modificada.
Paulinho disse que já assinou
25 acordos com metalúrgicas
de São Paulo, o que garantiu a
contratação de 1.310 empregados por prazo determinado.
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