MAURO ZAFALON
da Redação

Os preços praticados pelos supermercados de São Paulo recuaram pela primeira vez nas últimas 12 semanas -0,27%, segundo pesquisa do Datafolha. Houve tendência generalizada de queda, à exceção de alguns produtos de limpeza e de hortifrútis.
Já nos hipermercados, após a queda da semana passada, de 0,26%, os preços foram reajustados em 0,44% em média. O Datafolha pesquisa preços de cem itens em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo. A pesquisa abrange os setores de alimentação, produtos de higiene e de limpeza.
Ao contrário do que ocorreu no ano passado, os reajustes nos supermercados foram bem acentuados neste primeiro trimestre.
Desde o início de janeiro, os supermercados já reajustaram seus preços em 5,3%, praticamente a previsão de taxa de inflação para este ano. No ano passado, no entanto, para uma inflação de 10%, a alta acumulada promovida pelo setor ficou próxima de 1,5%.
A pressão neste ano ocorreu principalmente nos produtos industrializados. Os alimentos relacionados pelo Datafolha como matinais (café, achocolatados, pão, torrada etc.) lideraram as altas, com 8,6% no ano.
Os produtos de higiene e de limpeza também estiveram na lista das maiores altas no ano, com reajuste médio de 6%. Esse aumento nos industrializados ocorreu porque as indústrias repassaram para os supermercados as novas listas de reajustes a partir de janeiro. As altas foram de 6%, em média.
A liderança por setor, no entanto, ficou para os os produtos ``in natura'' que subiram 77,9% neste ano. Os preços dos ``in natura'' não se comportaram em 97 como ocorre tradicionalmente -subindo muito no início de ano e recuando a partir de fevereiro.
O excesso de chuvas provocou redução de oferta em vários itens e as altas de preços continuaram elevadas até o final de março, principalmente para cebola e batata.
Os cereais, devido à melhor oferta neste período do ano, estão com preços estáveis, enquanto as carnes conseguiram recuperar 2%.
Em outra pesquisa, o Datafolha mostra que alimentos básicos tiveram reajuste de 0,21% na semana.

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