São Paulo, sexta-feira, 12 de abril de 2002

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Arrecadação tributária tem alta de 14,5%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A arrecadação de tributos federais teve um aumento real (acima da inflação) de 14,5% no primeiro trimestre deste ano com relação ao mesmo período de 2001. De janeiro a março deste ano, o governo arrecadou R$ 57,5 bilhões e em 2001, R$ 50,2 bilhões.
Em março, a Receita Federal recolheu R$ 17,2 bilhões, valor 5,5% maior do que os R$ 16,3 bilhões arrecadados em março de 2001. Em comparação com o mês de fevereiro, quando a arrecadação foi de R$ 17,5 bilhões, houve queda de 1,35%.
Os principais fatores que contribuíram para o aumento da arrecadação no trimestre foram o pagamento atípico de imposto por empresas estatais em janeiro e fevereiro e o pagamento de tributos de empresas privadas que, após questionarem o pagamento, haviam feito o depósito em juízo, mas as companhias perderam a ação.
A arrecadação do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica teve um aumento de 124% porque os fundos de pensão começaram a pagar sua dívida com a Receita, de cerca de R$ 7 bilhões.
Também contribuiu para engordar as receitas do governo o aumento de 0,30% para 0,38% na alíquota da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que elevou a arrecadação do tributo em 22,69%.
A queda de 24,9% nas importações no primeiro trimestre deste ano contribuiu para reduzir em 32% a arrecadação do Imposto de Importação no período, quando comparada com 2001. No entanto, esse imposto representa somente 4,74% de tudo o que o governo arrecada e não interferiu no resultado.
De acordo com o secretário-adjunto da Receita Ricardo Pinheiro, em março a arrecadação foi menor do que em fevereiro porque o pagamento de impostos atrasados feito pelos fundos de pensão foi menor.



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