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Em SP, 5.000 perdem
empregos em março
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Março voltou a registrar aumento no desemprego em São
Paulo, após dois bons períodos
-março de 2000 e de 2001- com
aumento no emprego. O número
de trabalhadores na indústria no
Estado de São Paulo caiu 0,32%
no mês passado, a pior taxa verificada para o período desde 1999 (-1,13%), segundo dados da Fiesp
(Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O saldo total ficou negativo em
5.000 pessoas em março (mais demitidos do que contratados). Nos
últimos 12 meses, esse saldo está
negativo em 50 mil -é como se
todos os funcionários do grupo
Pão de Açúcar, um dos maiores
empregadores do Brasil, fossem
demitidos em um ano.
Desde o início do ano a taxa de
emprego caiu 0,98% -foram dispensados 15,5 mil trabalhadores.
Essa queda em relação ao ano
passado já era esperada. Isso porque, nos primeiros meses de 2001,
o país registrou elevados níveis de
atividade industrial e de contratação de pessoal -o oposto do que
está acontecendo neste ano.
Uma recuperação está prevista
para este mês, quando as empresas contratam pessoal para a fabricação de produtos para o Dia
das Mães (maio) e para a Copa do
Mundo (maio/junho). Por causa
desses dois eventos, há a tendência de abertura de vagas temporárias nos setores ligados a bens duráveis (eletroeletrônicos) e semiduráveis (vestuário).
A proximidade das eleições
também pode ter efeito favorável
nesse cenário. São criadas vagas
na área de construção civil, principalmente devido à retomada do
segmento de obras públicas. O
emprego nesse setor cresce, em
média, 1% nos meses que antecedem a eleição, pelos dados do Sinduscon (Sindicato das Indústrias
da Construção Civil).
O setor de lâmpadas registrou
queda de mais de 1% no emprego,
assim como a área de condutores
elétricos (1,37%) e papel (3,98%).
É que sem o racionamento caíram as vendas de alguns tipos de
lâmpadas, principalmente das
que gastam menos energia.
O pior desempenho ocorreu na
área de produtos de cacau e balas,
onde o números de demitidos superou o de contratados em 8,72%.
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