DA REDAÇÃO

Não é apenas no Brasil que as empresas de telecomunicações enfrentam uma séria crise. Ontem o mau desempenho das companhias do setor derrubou as principais Bolsas. As ações da AT&T, por exemplo, caíram ao menor nível desde 1985.
Pesaram ainda sobre os mercados outras notícias negativas, como a investigação preliminar da SEC (Securities and Exchange Commission, órgão que fiscaliza o mercado acionário nos EUA) para averiguar supostas irregularidades na IBM.
A mesma SEC abriu processo contra a Xerox, acusando a companhia de fraude. A empresa teria inflado seu faturamento em US$ 3 bilhões entre 1997 e 2000.
Os papéis da AT&T, maior operadora de longa distância nos EUA, caíram 34% nos últimos 12 meses. Ontem o recuo foi de cerca de 8%, para US$ 13,3.
Segundo os analistas, os investidores estão preocupados com a saúde financeira dessas companhias. Depois da quebra da energética Enron, cresceu a desconfiança em relação aos balanços das corporações, especialmente daquelas da chamada nova economia. Além disso, empresas de TV a cabo e telefonia celular enfrentam rendimentos abaixo do previsto.
Anteontem, as ações da WorldCom -controladora da Embratel e segunda maior operadora de longa distância nos EUA- caíram 10%. Ontem houve um novo tombo, de 12%. A North American Telecommunications, outra grande operadora dos EUA, já viu suas ações caírem 30% neste ano.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou ontem em queda de 1,98%. A Nasdaq, Bolsa de empresas tecnológicas, sentiu ainda mais o choque, caindo 2,37%. A Bolsa londrina recuou 1,75%, e a de Frankfurt, 1,94%.



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