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MORADIA
Restrição afetará classe média
Imóvel será facilitado a família de baixa renda
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo estuda mudanças
nas regras dos financiamentos
habitacionais concedidos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A
idéia é limitar o acesso de famílias
de classe média a essas linhas de
crédito, em benefício da população de baixa renda.
Segundo o secretário Nacional
de Habitação do Ministério das
Cidades, Jorge Hereda, uma proposta já foi enviada para o Conselho Curador do FGTS, que administra os recursos do fundo.
Os empréstimos passariam a ser
liberados apenas para famílias
com renda até dez salários mínimos (R$ 2.600). Atualmente, o limite está em R$ 4.500.
"Não é justo que o FGTS gaste
cerca de 80% de seus recursos
com empréstimos a famílias de
classe média", afirma Hereda. De
acordo com o secretário, 92% do
déficit habitacional do país está
concentrado em pessoas que ganham menos de três salários mínimos (R$ 780).
Hereda diz, porém, que a redução no limite de renda para esses
empréstimos não será imediata.
O governo propõe um período de
transição de quatro anos.
"Nesse período, a recuperação
econômica deve facilitar o acesso
da classe média aos financiamentos oferecidos pelo mercado."
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