São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 2006

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Clientes têm "taxa individual" em banco e loja

DA REPORTAGEM LOCAL

Cada cliente, uma taxa. Não há uma cobrança de juros única no mercado atualmente e isso ocorre de acordo com o perfil do cliente, no caso de bancos e financeiras, ou do produto comprado, no caso do comércio varejista.
Por isso, as empresas informam que possíveis altas, informadas pela entidades que fazem os levantamentos, não são generalizadas.
Mas há um entendimento claro, informa a Febraban em comunicado publicado em junho, de que esses juros estão sendo praticados tendo como balizador "a chamada cunha fiscal e os encaixes compulsórios", além dos recentes picos de inadimplência do consumidor. A cunha fiscal equivale aos impostos da intermediação financeira somados aos compulsórios (dinheiro que os bancos deixam no Banco Central sem poder emprestar).
Em entrevista à Folha, em maio, o presidente do Itaú, Roberto Setubal, disse que "só quando a inadimplência cair é que os bancos vão retomar o movimento de queda dos juros". O problema é que o calote não cai porque os bancos concederam empréstimos em volume elevado nos últimos meses para clientes de risco, de acordo com o Banco Central.

"Spread"
Segundo dados da entidade, de agosto de 2005 até maio de 2006 o "spread" para pessoas físicas e jurídicas permaneceu constante, mesmo com a queda na taxa Selic. "Spread" é a diferença entre a taxa de juros que o banco paga para captar recursos e a que cobra nos empréstimos que concede.
Na tentativa de particularizar a cobrança, os bancos usam o chamado cadastro positivo, um banco de dados com o histórico de créditos e pagamentos dos consumidores, regulamentado em 2005 pelo governo.
O comércio cobra taxas que variam segundo o produto. Um refrigerador tem juro mensal diferente do de uma TV na Casas Bahia. (AM)


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