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Clientes têm "taxa individual" em banco e loja
DA REPORTAGEM LOCAL
Cada cliente, uma taxa.
Não há uma cobrança de juros única no mercado atualmente e isso ocorre de acordo com o perfil do cliente, no
caso de bancos e financeiras,
ou do produto comprado, no
caso do comércio varejista.
Por isso, as empresas informam que possíveis altas,
informadas pela entidades
que fazem os levantamentos,
não são generalizadas.
Mas há um entendimento
claro, informa a Febraban
em comunicado publicado
em junho, de que esses juros
estão sendo praticados tendo
como balizador "a chamada
cunha fiscal e os encaixes
compulsórios", além dos recentes picos de inadimplência do consumidor. A cunha
fiscal equivale aos impostos
da intermediação financeira
somados aos compulsórios
(dinheiro que os bancos deixam no Banco Central sem
poder emprestar).
Em entrevista à Folha, em
maio, o presidente do Itaú,
Roberto Setubal, disse que
"só quando a inadimplência
cair é que os bancos vão retomar o movimento de queda
dos juros". O problema é que
o calote não cai porque os
bancos concederam empréstimos em volume elevado
nos últimos meses para
clientes de risco, de acordo
com o Banco Central.
"Spread"
Segundo dados da entidade, de agosto de 2005 até
maio de 2006 o "spread" para pessoas físicas e jurídicas
permaneceu constante, mesmo com a queda na taxa Selic. "Spread" é a diferença entre a taxa de juros que o banco paga para captar recursos
e a que cobra nos empréstimos que concede.
Na tentativa de particularizar a cobrança, os bancos
usam o chamado cadastro
positivo, um banco de dados
com o histórico de créditos e
pagamentos dos consumidores, regulamentado em 2005
pelo governo.
O comércio cobra taxas
que variam segundo o produto. Um refrigerador tem juro
mensal diferente do de uma
TV na Casas Bahia.
(AM)
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