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Modelo depende de estudo final, afirma Dilma
MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) evitou ontem tomar partido do modelo já proposto de leilão
das usinas hidrelétricas
Santo Antônio e Jirau, em
Rondônia, que exclui a
participação de empresas
estatais. "O modelo do governo será aquele adotado
após o processo de estudo
e elaboração a ser concluído pelo Ministério de Minas e Energia", afirmou à
ministra em resposta a
perguntas encaminhadas
ontem por e-mail.
Protagonista da disputa
no governo sobre as hidrelétricas do rio Madeira,
Dilma Rousseff disse que a
emissão de licença ambiental às usinas teria sido
uma vitória conjunta dos
ministérios de Minas e
Energia e do Meio Ambiente. "O licenciamento
foi baseado em critérios
técnicos de preservação
do meio ambiente, o que
também viabilizou um
empreendimento de energia elétrica crucial para
desenvolvimento sustentável do Brasil", comentou, na primeira manifestação pública após a emissão da licença.
Dilma Rousseff pressionou a área ambiental a liberar a licença, concedida
pelo Ibama quase cinco
meses após o prazo inicialmente previsto no PAC
(Programa de Aceleração
do Crescimento) e mediante mudanças no projeto das usinas.
Depois da concessão de
licença prévia pelo Ibama
às usinas do rio Madeira, o
formato do leilão é uma
das principais incógnitas
no negócio, com custo estimado em mais de R$ 18
bilhões. Em junho, o ministro interino de Minas e
Energia, Nelson Hubner,
defendeu que a empresa
privada vencedora do leilão poderia contar com até
49% de participação estatal da Eletrobrás ou do
BNDES-Participações.
Ocorre que a Construtora
Norberto Odebrecht alega
ter um acordo com a estatal Furnas para reeditar o
consórcio responsável pelos estudos de impacto
ambiental das usinas.
O modelo terá de ser definido até o final de setembro, data prevista para o
leilão da usina de Santo
Antônio. Já nas próximas
semanas, a EPE (Empresa
de Pesquisa Energética)
começará a divulgar estudos sobre os empreendimentos, com o objetivo de
estimular a disputa no leilão, disse ontem Maurício
Tolmasquim, presidente
da empresa.
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