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Bolsas mundiais perdem US$ 4,7 tri no ano
ÁLVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO
As empresas negociadas nas
principais Bolsas mundiais
perderam US$ 3 trilhões do seu
valor de mercado em junho, depois de dois meses de recuperação -apenas no Brasil, a queda
foi de mais de US$ 100 bilhões.
O resultado só não foi pior que
o de janeiro, quando, segundo
dados revisados, elas se desvalorizaram em US$ 3,3 trilhões.
Nos seis primeiros meses
deste ano, os 52 principais mercados mundiais se desvalorizaram em US$ 4,7 trilhões e perderam todos os ganhos do ano
passado, de US$ 3 trilhões, segundo o levantamento mensal
da agência Standard & Poor's.
De acordo com o estudo, os
motivos para a desvalorização
foram "o medo contínuo da inflação, o aumento dos preços
dos combustíveis e dos alimentos e a crescente convicção de
que o pior pode ainda não ter
passado". Em junho, o barril de
petróleo ultrapassou pela primeira vez a barreira dos US$
140, aumentando as preocupações dos consumidores de boa
parte do mundo com a alta dos
preços dos combustíveis. Também em junho, diversos bancos
centrais, como o do Brasil, elevaram os juros, a fim de conter
a ameaça inflacionária. Os EUA
pararam de cortar a sua taxa.
No mês passado, as Bolsas
mundiais, em dólares, caíram
8,02%, com os emergentes sofrendo mais que os países desenvolvidos: quedas de 9,88% e
8,32%, respectivamente. Das
52 Bolsas analisadas, apenas 4
tiveram rendimentos positivos
-entre elas a da Argentina, que
se valorizou em 9,59%-, e a do
Paquistão ficou estável.
No Brasil, a queda foi de
7,43%, mas o mercado do país
lidera no período de 12 meses
até junho, com ganhos de
49,8%. Nos últimos três meses,
a Bolsa brasileira tem o terceiro
maior rendimento (alta de
18,65%), ficando atrás dos mercados da Argentina, 26,75%, e
da Jordânia, 19,87%.
O pior resultado do mês passado foi o da Índia, que se desvalorizou em 20,11%. Junho
também foi ruim para os mercados americanos. O índice
Dow Jones, o principal da Bolsa
de Nova York, caiu 10,19% em
junho, tendo o seu pior mês
desde setembro de 2002. O resultado do mês passado foi ainda o pior junho do índice formado por 30 empresas desde
1930, quando os EUA atravessavam a Grande Depressão. No
total, de acordo com a Standard
& Poor's, os mercados americanos se desvalorizaram em
8,13% em junho.
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