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Tensão no Oriente Médio e até risco de greve no Brasil levam petróleo a US$ 145
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O barril de petróleo voltou a
subir ontem e superou os US$
145 em Nova York. Analistas e
investidores apontaram como
causa da elevação dos preços as
tensões no Oriente Médio e até
a possibilidade de uma greve
dos petroleiros na bacia de
Campos, no Brasil. Também
preocupa o risco de novos conflitos na Nigéria.
Segundo analistas, a pressão
sobre os preços da commodity
pode continuar caso os resultados ruins das empresas de hipoteca Fannie Mae e Freddie
Mac levem o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) a diminuir a taxa de juros para tentar
reduzir o impacto da crise.
"A ansiedade sobre a saúde
financeira da Fannie Mae e da
Freddie Mac agora efetivamente garante que o Fed vai ficar
contemplativo pelos próximos
meses -não importa o que
aconteça com a inflação", diz
John Kemp, analista de commodities do RBS Sempra.
O barril de petróleo em Nova
York subiu 2,42% ontem, fechando cotado a US$ 145,08. A
commodity chegou a ser negociada acima de US$ 147. O barril do Brent fechou com alta de
1,73%, custando US$ 144,49.
Uma série de pressões fez a
commodity inverter a tendência de queda da última semana.
A possibilidade de uma greve
dos petroleiros nas plataformas na bacia de Campos, responsável por 80% da produção
nacional, também vem afetando o mercado internacional.
Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, os
trabalhadores irão realizar paralisação a partir da próxima
semana. Os empregados reivindicam que a Petrobras considere o dia de saída da plataforma
como dia de trabalho.
Testes de lançamento de
mísseis no Irã, nesta semana,
em meio a tensões crescentes
com Israel também elevaram a
preocupação no mercado com a
possibilidade de uma redução
dos estoques de petróleo.
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse que o
país está pronto para atacar as
instalações nucleares iranianas, afirmando que Israel
"mostrou no passado que não
hesitará em agir para proteger
se seus interesses vitais de segurança forem ameaçados".
Na Nigéria, o Mend (Movimento para a Emancipação do
Delta do Níger, na sigla em inglês) disse que vai abandonar
hoje o cessar-fogo adotado há
duas semanas.
Os preços ainda refletem a
queda de 5,9 milhões de barris
nas reservas de petróleo dos
EUA na semana passada.
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