São Paulo, sábado, 12 de julho de 2008

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Tensão no Oriente Médio e até risco de greve no Brasil levam petróleo a US$ 145

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O barril de petróleo voltou a subir ontem e superou os US$ 145 em Nova York. Analistas e investidores apontaram como causa da elevação dos preços as tensões no Oriente Médio e até a possibilidade de uma greve dos petroleiros na bacia de Campos, no Brasil. Também preocupa o risco de novos conflitos na Nigéria.
Segundo analistas, a pressão sobre os preços da commodity pode continuar caso os resultados ruins das empresas de hipoteca Fannie Mae e Freddie Mac levem o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) a diminuir a taxa de juros para tentar reduzir o impacto da crise.
"A ansiedade sobre a saúde financeira da Fannie Mae e da Freddie Mac agora efetivamente garante que o Fed vai ficar contemplativo pelos próximos meses -não importa o que aconteça com a inflação", diz John Kemp, analista de commodities do RBS Sempra.
O barril de petróleo em Nova York subiu 2,42% ontem, fechando cotado a US$ 145,08. A commodity chegou a ser negociada acima de US$ 147. O barril do Brent fechou com alta de 1,73%, custando US$ 144,49.
Uma série de pressões fez a commodity inverter a tendência de queda da última semana.
A possibilidade de uma greve dos petroleiros nas plataformas na bacia de Campos, responsável por 80% da produção nacional, também vem afetando o mercado internacional. Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, os trabalhadores irão realizar paralisação a partir da próxima semana. Os empregados reivindicam que a Petrobras considere o dia de saída da plataforma como dia de trabalho.
Testes de lançamento de mísseis no Irã, nesta semana, em meio a tensões crescentes com Israel também elevaram a preocupação no mercado com a possibilidade de uma redução dos estoques de petróleo.
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse que o país está pronto para atacar as instalações nucleares iranianas, afirmando que Israel "mostrou no passado que não hesitará em agir para proteger se seus interesses vitais de segurança forem ameaçados".
Na Nigéria, o Mend (Movimento para a Emancipação do Delta do Níger, na sigla em inglês) disse que vai abandonar hoje o cessar-fogo adotado há duas semanas.
Os preços ainda refletem a queda de 5,9 milhões de barris nas reservas de petróleo dos EUA na semana passada.


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