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AÇÕES
Nova descoberta também influi
Lucro deve melhorar aplicação na Petrobras
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
A descoberta de uma reserva de
600 milhões de barris de petróleo
no Espírito Santo e um lucro de
R$ 2,035 bilhões no segundo trimestre do ano, anunciados na última sexta-feira pela Petrobras,
deverão ajudar a recuperação dos
papéis da empresa na Bolsa e,
consequentemente, a aplicação
dos fundos de privatização formados em agosto de 2000.
Na sexta-feira, após o anúncio
da descoberta, as ações ON (ordinárias) da estatal subiram 3,5%.
Até então, elas acumulavam perda de 3,6% no ano.
São as ações ON que recheiam
as carteiras dos fundos FGTS Petrobras, criados em agosto de
2000 para captar recursos dos trabalhadores. Até o dia 6, os fundos
FGTS Petrobras acumulavam
perda média de 10,63% no ano.
No entanto, os prejuízos para o
investidor podem chegar a quase
20% para quem optou por um
fundo privatização carteira livre,
que investe em outros papéis
além de Petrobras (veja quadro).
A desvalorização das cotas dos
fundos levou muitos investidores
a sacar suas aplicações dos fundos
Petrobras. O total de saques totaliza R$ 271 milhões neste ano.
Vale lembrar, porém, que, apesar dos prejuízos deste ano, os investidores em fundos de privatização acumulam rendimento médio de 146% desde o início da aplicação, em agosto de 2000. Isso é
muito mais do que rendeu o
FGTS, que paga apenas 3% ao ano
mais TR. Se o dinheiro do investidor tivesse ficado no FGTS, teria
rendido apenas 11% no período.
Já no caso dos fundos de privatização FGTS Vale do Rio Doce, a
aplicação já rendeu 39,99% desde
seu lançamento, em março.
Luiz Paulo Foggetti, analista da
corretora Fator Doria, aconselha
os investidores a manterem suas
aplicações nos fundos de privatização, especialmente aqueles que
usaram dinheiro do FGTS. "Os
papéis devem se recuperar", diz.
Gregório Mancebo Rodriguez,
analista da corretora Socopa, está
menos otimista com a capacidade
de recuperação das ações da Petrobras. "A volatilidade do câmbio afeta o desempenho da empresa", diz. Além disso, segundo
ele, o provável tabelamento do
preço do gás de cozinha reforça o
risco de que os produtos da empresa voltem a ser controlados.
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