São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 2002

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AÇÕES

Nova descoberta também influi

Lucro deve melhorar aplicação na Petrobras

SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL

A descoberta de uma reserva de 600 milhões de barris de petróleo no Espírito Santo e um lucro de R$ 2,035 bilhões no segundo trimestre do ano, anunciados na última sexta-feira pela Petrobras, deverão ajudar a recuperação dos papéis da empresa na Bolsa e, consequentemente, a aplicação dos fundos de privatização formados em agosto de 2000.
Na sexta-feira, após o anúncio da descoberta, as ações ON (ordinárias) da estatal subiram 3,5%. Até então, elas acumulavam perda de 3,6% no ano.
São as ações ON que recheiam as carteiras dos fundos FGTS Petrobras, criados em agosto de 2000 para captar recursos dos trabalhadores. Até o dia 6, os fundos FGTS Petrobras acumulavam perda média de 10,63% no ano.
No entanto, os prejuízos para o investidor podem chegar a quase 20% para quem optou por um fundo privatização carteira livre, que investe em outros papéis além de Petrobras (veja quadro).
A desvalorização das cotas dos fundos levou muitos investidores a sacar suas aplicações dos fundos Petrobras. O total de saques totaliza R$ 271 milhões neste ano.
Vale lembrar, porém, que, apesar dos prejuízos deste ano, os investidores em fundos de privatização acumulam rendimento médio de 146% desde o início da aplicação, em agosto de 2000. Isso é muito mais do que rendeu o FGTS, que paga apenas 3% ao ano mais TR. Se o dinheiro do investidor tivesse ficado no FGTS, teria rendido apenas 11% no período.
Já no caso dos fundos de privatização FGTS Vale do Rio Doce, a aplicação já rendeu 39,99% desde seu lançamento, em março.
Luiz Paulo Foggetti, analista da corretora Fator Doria, aconselha os investidores a manterem suas aplicações nos fundos de privatização, especialmente aqueles que usaram dinheiro do FGTS. "Os papéis devem se recuperar", diz.
Gregório Mancebo Rodriguez, analista da corretora Socopa, está menos otimista com a capacidade de recuperação das ações da Petrobras. "A volatilidade do câmbio afeta o desempenho da empresa", diz. Além disso, segundo ele, o provável tabelamento do preço do gás de cozinha reforça o risco de que os produtos da empresa voltem a ser controlados.


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