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São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 2003

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FASE DOIS

Presidente Lula pede a ministros projetos "factíveis", planos "realistas" e parcerias entre os setores público e privado

Governo quer R$ 191 bi para infra-estrutura

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em reunião de quatro horas ontem no Palácio do Planalto, o governo federal estimou em R$ 191,4 bilhões o montante de recursos públicos e privados a ser gasto com projetos de infra-estrutura entre 2004 e 2007, período abrangido pelo PPA (Plano Plurianual).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu aos 12 ministros participantes que apresentassem projetos "factíveis" e planos "realistas", em sintonia com a disponibilidade imediata de verba. Os projetos considerados "prioritários" haviam sido apresentados anteontem à noite a Lula pelo ministro Guido Mantega (Planejamento), mas não foram divulgados.
Pelo anunciado, seriam investidos, em média, R$ 47,85 bilhões nos próximos três anos da gestão Lula. Ou seja, mais R$ 143,5 bilhões no atual mandato, entre recursos públicos e privados. Neste ano, o setor público deve aplicar apenas R$ 4,3 bilhões dos R$ 14,5 bilhões previstos no Orçamento, sem contar as estatais.
O Planalto também não detalhou a quantidade de recursos orçamentários disponível nem se a previsão de financiamentos públicos e investimentos privados estaria assegurada.
"O presidente abriu a reunião solicitando ao ministro Mantega que apresentasse, por ordem de prioridade, projetos factíveis que pudessem começar a ser executados imediatamente com os recursos disponíveis. Ou seja, um plano realista", disse André Singer, porta-voz da Presidência.
Não houve entrevistas após o encontro, que acabou por volta das 22h. Antes, Singer disse que os ministros iriam debater a lista de obras prioritárias, que abrangem: transportes, setor elétrico, saneamento, habitação, transporte urbano e infra-estrutura hídrica.
Os segmentos de infra-estrutura abrangidos, assim como os gastos estimados, diferem da avaliação apresentada pelo presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, na reunião interministerial de 17 de julho.
Na ocasião, Lessa apresentou um estudo com os principais projetos a serem financiados em infra-estrutura em quatro anos -cerca de cem obras, com investimentos de R$ 400 bilhões, nos setores de telecomunicações, energia, logística, transportes.
Além do presidente e dos ministros, participaram da reunião o vice-presidente José Alencar e os presidentes do BNDES, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Petrobras.


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