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FASE DOIS
Presidente Lula pede a ministros projetos "factíveis", planos "realistas" e parcerias entre os setores público e privado
Governo quer R$ 191 bi para infra-estrutura
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em reunião de quatro horas ontem no Palácio do Planalto, o governo federal estimou em R$ 191,4
bilhões o montante de recursos
públicos e privados a ser gasto
com projetos de infra-estrutura
entre 2004 e 2007, período abrangido pelo PPA (Plano Plurianual).
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva pediu aos 12 ministros participantes que apresentassem projetos "factíveis" e planos "realistas", em sintonia com a disponibilidade imediata de verba. Os projetos considerados "prioritários"
haviam sido apresentados anteontem à noite a Lula pelo ministro Guido Mantega (Planejamento), mas não foram divulgados.
Pelo anunciado, seriam investidos, em média, R$ 47,85 bilhões
nos próximos três anos da gestão
Lula. Ou seja, mais R$ 143,5 bilhões no atual mandato, entre recursos públicos e privados. Neste
ano, o setor público deve aplicar
apenas R$ 4,3 bilhões dos R$ 14,5
bilhões previstos no Orçamento,
sem contar as estatais.
O Planalto também não detalhou a quantidade de recursos orçamentários disponível nem se a
previsão de financiamentos públicos e investimentos privados
estaria assegurada.
"O presidente abriu a reunião
solicitando ao ministro Mantega
que apresentasse, por ordem de
prioridade, projetos factíveis que
pudessem começar a ser executados imediatamente com os recursos disponíveis. Ou seja, um plano realista", disse André Singer,
porta-voz da Presidência.
Não houve entrevistas após o
encontro, que acabou por volta
das 22h. Antes, Singer disse que os
ministros iriam debater a lista de
obras prioritárias, que abrangem:
transportes, setor elétrico, saneamento, habitação, transporte urbano e infra-estrutura hídrica.
Os segmentos de infra-estrutura abrangidos, assim como os gastos estimados, diferem da avaliação apresentada pelo presidente
do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social), Carlos Lessa, na reunião
interministerial de 17 de julho.
Na ocasião, Lessa apresentou
um estudo com os principais projetos a serem financiados em infra-estrutura em quatro anos
-cerca de cem obras, com investimentos de R$ 400 bilhões, nos
setores de telecomunicações,
energia, logística, transportes.
Além do presidente e dos ministros, participaram da reunião o
vice-presidente José Alencar e os
presidentes do BNDES, do Banco
do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Petrobras.
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