HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O baixo nível da atividade econômica reduziu em 1,6% o consumo de energia pela indústria em maio deste ano na comparação com o mesmo mês de 2002. Os dados são da Eletrobrás. Para os técnicos, "o resultado foi fortemente influenciado pelo fraco desempenho industrial".
O consumo de energia pela indústria ficou 6,8% abaixo do que era previsto pelo governo para o período. No acumulado do ano (janeiro-maio), porém, o consumo de energia pela indústria está 3% maior do que o do mesmo período do ano passado.
Na região Sudeste, que concentra 54% do consumo da indústria, a queda em maio foi mais acentuada em relação ao mesmo mês do ano passado: 6,2%.
O documento da Eletrobrás lembrou que, de acordo com o IBGE, a produção industrial do país ficou "praticamente estável" em maio deste ano, com pequena queda em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os dados do IBGE mostram que em maio a produção industrial brasileira havia recuado 0,3% em comparação com o mesmo mês de 2002. Desde então, as pesquisas mensais do IBGE não mostraram recuperação da indústria nacional.
Produzindo menos, o consumo de energia tende a ser menor. Além disso, muitas indústrias incorporaram ao seu cotidiano técnicas de redução do consumo aprendidas durante a época do racionamento de energia (2001).
Quando se consideram todas as categorias (industriais, residenciais, comerciais e outros), o consumo aumentou 0,6% em maio, em relação ao mesmo mês de 2002. No acumulado do ano, o incremento é de 6,2%. O consumo de maio ficou 4,8% menor do que o previsto pelo governo.
A indústria é o único setor no qual o consumo de energia está acima do registrado em janeiro de 2001, quatro meses antes do racionamento. O consumo residencial é o que está mais distante do verificado em janeiro de 2001.


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