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CITRICULTURA
Fungo causa a doença
Alternária ameaça tangerinas em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Às vésperas da época de floração da tangerina, em setembro, o
aparecimento da mancha marrom de alternária preocupa os citricultores de São Paulo.
Nesta safra, pela primeira vez,
pesquisadores do Fundecitrus e
da Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), registraram casos da doença em dez
municípios paulistas, entre eles
Limeira e Botucatu.
A doença, que é causada por um
fungo, foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2001, em
municípios do Rio de Janeiro.
"Ainda não sabemos exatamente como a doença chegou a São
Paulo. O que sabemos é que o
fungo pode ser disseminado pelo
vento", explica Marcel Spósito,
pesquisador do Fundecitrus.
A doença se caracteriza por
manchas de cor marrom-escuro
nas folhas, ramos e frutos. Essas
lesões, que aparecem simultaneamente em todas as partes da planta, inviabilizam a comercialização
das frutas. Em casos mais avançados, pode ocorrer ainda a queda
precoce dos frutos, a desfolha e o
ressecamento dos ramos.
A alternária aparece no período
das chuvas (em meados do mês
de agosto). A prevenção também
deve começar nessa época. Fungicidas que controlam a pinta preta
da laranja -exceto aqueles à base
de benzimidazóis- podem ser
aplicados. Em média, são necessárias quatro pulverizações ao
longo de quatro meses.
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