São Paulo, Quinta-feira, 12 de Agosto de 1999
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LIVRE COMÉRCIO
Acordo busca evitar negociação rápida sobre bloco
Para governo, decisão do Chile não altera posição sobre Alca

DENISE CHRISPIM MARIN
da Sucursal de Brasília

O Brasil vai manter a posição fechada há dois anos com seus parceiros do Mercosul, além de Bolívia e Chile, de evitar a negociação rápida da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e o início das discussões sobre o livre comércio entre os 34 países do continente.
A decisão foi expressa ontem pelos ministros Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores) e Clóvis Carvalho (Desenvolvimento), logo depois de depoimento à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
Ambos consideraram que a iniciativa do governo chileno de propor a aceleração da negociação de um acordo de livre comércio com os EUA não deverá alterar a posição defendida pelo Mercosul.
"A sequência das negociações continuará a mesma definida em Belo Horizonte", afirmou Carvalho, referindo-se à posição fechada pelos ministros dos 34 países da Alca em maio de 1997. "A decisão do Chile não vai mudar nada no ritmo definido."
Na avaliação de Lampreia, o Chile vinha seguindo essa linha de aproximação com os EUA havia vários anos. Em 94, o país foi convidado para negociar o livre comércio com os EUA, mas acabou recuando após confirmar que o Congresso norte-americano poderia alterar o acordo final.
A diferença, agora, está no fato de o Chile aceitar a negociação mesmo com o risco de ver o pacote final de ganhos e de concessões alterado. Essa alternativa é rechaçada pelo Mercosul na discussão da Alca.
"Não há novidades na decisão do Chile", afirmou Lampreia.


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