|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
LIVRE COMÉRCIO
Acordo busca evitar negociação rápida sobre bloco
Para governo, decisão do Chile não altera posição sobre Alca
DENISE CHRISPIM MARIN
da Sucursal de Brasília
O Brasil vai manter a posição fechada há dois anos com seus parceiros do Mercosul, além de Bolívia e Chile, de evitar a negociação
rápida da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e o início
das discussões sobre o livre comércio entre os 34 países do continente.
A decisão foi expressa ontem
pelos ministros Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores) e Clóvis Carvalho (Desenvolvimento),
logo depois de depoimento à Comissão de Relações Exteriores da
Câmara dos Deputados.
Ambos consideraram que a iniciativa do governo chileno de propor a aceleração da negociação de
um acordo de livre comércio com
os EUA não deverá alterar a posição defendida pelo Mercosul.
"A sequência das negociações
continuará a mesma definida em
Belo Horizonte", afirmou Carvalho, referindo-se à posição fechada pelos ministros dos 34 países
da Alca em maio de 1997. "A decisão do Chile não vai mudar nada
no ritmo definido."
Na avaliação de Lampreia, o
Chile vinha seguindo essa linha
de aproximação com os EUA havia vários anos. Em 94, o país foi
convidado para negociar o livre
comércio com os EUA, mas acabou recuando após confirmar
que o Congresso norte-americano poderia alterar o acordo final.
A diferença, agora, está no fato
de o Chile aceitar a negociação
mesmo com o risco de ver o pacote final de ganhos e de concessões
alterado. Essa alternativa é rechaçada pelo Mercosul na discussão
da Alca.
"Não há novidades na decisão
do Chile", afirmou Lampreia.
Texto Anterior: Crise no Mercosul: Argentinos adotam nova salvaguarda Próximo Texto: Comércio: Justiça manda reabrir lojas do Mappin Índice
|