São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 2000

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BALANÇA

Superávit cai para menos de US$ 1 bilhão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A média diária das importações, nos primeiros dez dias de setembro, foi a maior desde outubro de 1998. Com isso, a balança comercial registrou déficit de US$ 130 milhões no período e reduziu o superávit acumulado no ano para US$ 906 milhões.
A alta do petróleo e um aumento de consumo dos produtos importados foram os principais motivos desse resultado nas duas primeiras semanas de agosto.
Segundo o secretário-executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior), Roberto Giannetti da Fonseca, a estimativa de superávit comercial para este ano, US$ 2,8 bilhões, deverá ser revista para baixo. "Esse número está cada vez mais inconsistente", disse Giannetti. A Folha apurou que a nova previsão deverá ficar próxima de US$ 2 bilhões.
Segundo ele, "o aumento das importações está surpreendendo". Nos primeiros dez dias deste mês, o país importou por dia útil US$ 248, volume 22,7% maior que em setembro do ano passado.
Segundo Giannetti, as compras de matérias-primas para a indústria nacional são a fonte de maior pressão na balança. "O consumidor brasileiro está exigindo produtos mais elaborados, que precisam de insumos do exterior para ser fabricados", disse o secretário.
Do lado das exportações, Giannetti está satisfeito com os resultados. "Nossas vendas para o exterior estão crescendo cerca de 18%." Nas primeiras duas semanas de setembro, a média diária de embarques foi de US$ 222 milhões, 11,3% a mais que em 99.
Segundo Giannetti, em outubro será apresentado aos investidores o Invex (Fundo de Investimento em Empresas Exportadoras).
O fundo, que contará com dinheiro de investidores privados, fará aportes de capital em empresas com potencial exportador. Giannetti estima que conseguirá cerca de US$ 500 milhões para compor o fundo inicialmente.
(ANDRÉ SOLIANI)


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