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BALANÇA
Superávit cai para menos de US$ 1 bilhão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A média diária das importações, nos primeiros dez dias de setembro, foi a maior desde outubro de 1998. Com isso, a balança
comercial registrou déficit de US$
130 milhões no período e reduziu
o superávit acumulado no ano
para US$ 906 milhões.
A alta do petróleo e um aumento de consumo dos produtos importados foram os principais motivos desse resultado nas duas primeiras semanas de agosto.
Segundo o secretário-executivo
da Camex (Câmara de Comércio
Exterior), Roberto Giannetti da
Fonseca, a estimativa de superávit
comercial para este ano, US$ 2,8
bilhões, deverá ser revista para
baixo. "Esse número está cada vez
mais inconsistente", disse Giannetti. A Folha apurou que a nova
previsão deverá ficar próxima de
US$ 2 bilhões.
Segundo ele, "o aumento das
importações está surpreendendo". Nos primeiros dez dias deste
mês, o país importou por dia útil
US$ 248, volume 22,7% maior
que em setembro do ano passado.
Segundo Giannetti, as compras
de matérias-primas para a indústria nacional são a fonte de maior
pressão na balança. "O consumidor brasileiro está exigindo produtos mais elaborados, que precisam de insumos do exterior para
ser fabricados", disse o secretário.
Do lado das exportações, Giannetti está satisfeito com os resultados. "Nossas vendas para o exterior estão crescendo cerca de
18%." Nas primeiras duas semanas de setembro, a média diária
de embarques foi de US$ 222 milhões, 11,3% a mais que em 99.
Segundo Giannetti, em outubro
será apresentado aos investidores
o Invex (Fundo de Investimento
em Empresas Exportadoras).
O fundo, que contará com dinheiro de investidores privados,
fará aportes de capital em empresas com potencial exportador.
Giannetti estima que conseguirá
cerca de US$ 500 milhões para
compor o fundo inicialmente.
(ANDRÉ SOLIANI)
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