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ENERGIA
Segundo ministro, ninguém está tranquilo com o preço do petróleo, mas não há razão para decisões precipitadas
Malan descarta novo aumento dos combustíveis
JACQUELINE FARID
DO FOLHANEWS
O ministro da Fazenda, Pedro
Malan, afirmou ontem que "ninguém pode dizer que está tranquilo" com a cotação do petróleo,
mas garantiu que não há nenhuma intenção de novo aumento
nos preços dos combustíveis.
""Ninguém pode dizer que está
tranquilo com o petróleo a mais
de US$ 30 barril, mas não há nenhuma razão para decisões precipitadas", afirmou Malan.
O ministro disse que o governo
está acompanhando com atenção
as decisões da Opep (Organização
dos Países Exportadores de Petróleo) e está aguardando que se definam os preços internacionais do
petróleo, depois que os países exportadores concordaram em aumentar a produção.
Ele lembrou que em fevereiro
do ano passado a cotação do produto atingia apenas US$ 11 o barril e disse acreditar que no próximo ano o produto custará entre
US$ 22 e US$ 28, como estima a
própria Opep. ""Não há razão para
tanta excitação", disse.
Ontem, o presidente Fernando
Henrique Cardoso fez sinal de negativo ao ser questionado se haveria aumento do preço da gasolina,
no início da tarde de ontem, no
Itamaraty, depois de almoço com
o primeiro-ministro de Cingapura, Goh Chok Tong.
Antes de responder à pergunta,
o presidente a traduziu para o inglês para primeiro-ministro, a
quem acompanhava até a porta
de saída.
O ministro Malan, que falou no
Rio para investidores estrangeiros
em seminário promovido pela
CVM (Comissão de Valores Mobiliários), reafirmou que as taxas
de inflação vão começar a cair já a
partir deste mês.
Segundo ele, o repique inflacionário de julho e agosto foi resultado de fatores já superados, como
o reajuste dos combustíveis e das
tarifas de energia elétrica.
Outro ponto destacado por Malan, que deixará de interferir no
índice de setembro, são os problemas que foram enfrentados pelo
setor agrícola, especialmente em
decorrência das geadas, que resultaram em elevação no preço
dos alimentos.
""Em outubro a taxa estará normalizada", afirmou.
A palestra do ministro para os
investidores aconteceu a portas
fechadas. Segundo o ministro da
Fazenda, os executivos ouviram o
que ele vem repetindo nas suas recentes declarações: ""O Brasil mudou, está mudando e vai continuar a mudar".
Colaborou a Sucursal de Brasília
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