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RECUPERAÇÃO
Valor deve chegar a US$ 29 bi; PIB do país cresce 1% no 2º trimestre e indica que crise pode estar superada
Japão terá pacote de estímulo à expansão
GILLIAN TETT
DO FINANCIAL TIMES
O governo do Japão planeja um
novo pacote de estímulo econômico ao país, que deve somar cerca de US$ 29 bilhões.
A informação foi dada ontem
por membros do partido Democrata Liberal, do governo.
O partido deve iniciar uma série
de encontros para definir a abrangência do pacote -que será o décimo nos últimos oito anos.
O governo japonês anunciou
ontem o crescimento de 1% no
PIB (Produto Interno Bruto) do
país no segundo trimestre, em relação ao primeiro. Foi o segundo
crescimento consecutivo do indicador, que reafirma os indícios de
recuperação econômica do país
asiático.
Expansão
O percentual de crescimento do
PIB ficou acima da expectativa do
mercado. Alguns líderes empresariais do país sugerem que o Japão não precisa mais de pacotes
de estímulo de gastos.
"Já é possível garantir a existência de um setor privado líder dentro da recuperação econômica do
país, que se expandirá por meio
das reformas estruturais e da desregulamentação", disse o empresário Yotaro Kobayashi, da Keizai
Doyukai.
Entretanto essa sugestão é abafada por um coro de empresários
que pedem estímulo ao consumo.
Recentemente, o Japão abandonou uma década de política de juros decrescentes e elevou as taxas
básicas.
Formato do estímulo
O principal tema no Japão nos
próximos dias será o formato do
novo pacote e a certeza crescente
de que o país está pondo o pé fora
da recessão. No país, os políticos
costumam anunciar pacotes dando pistas prévias da direção a ser
seguida.
Entretanto Kiichi Miyazawa,
ministro das Finanças, está planejando um orçamento de cerca de
US$ 29 bilhões, valor considerado
pelos economistas como o mínimo necessário para evitar uma
política fiscal dura demais.
O Japão tem cultivado o hábito
de prever orçamentos oficiais e
depois revê-los para cima por
meio de pacotes de estímulo.
Os dados do PIB alimentaram
os dois lados do debate. Por um
lado, o aumento do PIB indica
que a maior parte da expansão está no aumento dos gastos públicos -que cresceram 13% no trimestre. Isso desencoraja a teoria
daqueles que dizem ser necessário cortar os gastos públicos, o
que poderia impedir o crescimento do país.
No entanto o dado mostra que o
consumo privado também se recupera, tendo registrado crescimento de 1,7% e de 1,1% no segundo e no primeiro trimestre do
ano, respectivamente.
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