São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 2000

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MERCADO FINANCEIRO
Influenciada pela Nasdaq, Bolsa de SP cai 0,83%; inflação e petróleo deixam investidor cauteloso
Nova economia puxa queda da Bovespa

DA REPORTAGEM LOCAL

Em um pregão marcado pelo inexpressivo volume de negócios, a Bovespa fechou ontem com queda de 0,83%. O giro financeiro foi de R$ 469,4 milhões. Nos seis pregões deste mês, a Bovespa movimentou, em média, R$ 521,1 milhões por dia, resultado bem inferior, por exemplo, aos R$ 862,6 milhões negociados diariamente em agosto.
O pequeno movimento de ontem foi consequência da expectativa dos investidores em relação aos rumos do preço do petróleo, depois que a Opep decidiu elevar sua produção. Além disso, a evolução da inflação brasileira ainda causa apreensão. Muitas instituições ficaram de fora do mercado, aguardando os índices que serão divulgados nesta semana.
Depois do encerramento dos negócios, a FGV divulgou a primeira prévia deste mês do IGP-M, que ficou em 0,57%, abaixo das expectativas do mercado. Hoje é a vez do IPCA de agosto, e quinta-feira será anunciada a primeira prévia deste mês do IPC da Fipe.
Por causa da baixa liquidez, a Bovespa seguiu ontem o movimento das Bolsas norte-americanas. A Nasdaq caiu 2,06%, e o Dow Jones, 0,22%.
As maiores baixas foram sofridas por ações do setor de telecomunicações, mais sensíveis às variações da Nasdaq. A queda da Bovespa só não foi maior por causa da alta registrada pelos papéis da Petrobras, Vale do Rio Doce e CSN.
As ações da Petrobras subiram 2,12%, beneficiadas pela alta do petróleo registrada ontem.
Já os papéis da Vale e da CSN -altas de 2,43% e 3,75%, respectivamente- foram beneficiados pelo avanço no processo de descruzamento acionário das companhias. Segundo José Manoel Amorim, da corretora Novação, o descruzamento pode beneficiar também as ações da Bradespar, empresa que tem participação nas duas siderúrgicas.
O que continua a impedir a alta mais forte da Bovespa é a falta de dinheiro novo no mercado. Poucos investidores têm se arriscado a comprar ações.
O comportamento do preço do petróleo ajudou a pressionar um pouco o mercado de câmbio. Ontem, o dólar comercial registrou pequena alta de 0,22% e fechou em R$ 1,822 (venda).
(NEY HAYASHI DA CRUZ)


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