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MERCADO FINANCEIRO
Influenciada pela Nasdaq, Bolsa de SP cai 0,83%; inflação e petróleo deixam investidor cauteloso
Nova economia puxa queda da Bovespa
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um pregão marcado pelo
inexpressivo volume de negócios, a Bovespa fechou ontem
com queda de 0,83%. O giro financeiro foi de R$ 469,4 milhões.
Nos seis pregões deste mês, a Bovespa movimentou, em média,
R$ 521,1 milhões por dia, resultado bem inferior, por exemplo,
aos R$ 862,6 milhões negociados
diariamente em agosto.
O pequeno movimento de ontem foi consequência da expectativa dos investidores em relação
aos rumos do preço do petróleo,
depois que a Opep decidiu elevar
sua produção. Além disso, a evolução da inflação brasileira ainda
causa apreensão. Muitas instituições ficaram de fora do mercado,
aguardando os índices que serão
divulgados nesta semana.
Depois do encerramento dos
negócios, a FGV divulgou a primeira prévia deste mês do
IGP-M, que ficou em 0,57%,
abaixo das expectativas do mercado. Hoje é a vez do IPCA de
agosto, e quinta-feira será anunciada a primeira prévia deste mês
do IPC da Fipe.
Por causa da baixa liquidez, a
Bovespa seguiu ontem o movimento das Bolsas norte-americanas. A Nasdaq caiu 2,06%, e o
Dow Jones, 0,22%.
As maiores baixas foram sofridas por ações do setor de telecomunicações, mais sensíveis às variações da Nasdaq. A queda da
Bovespa só não foi maior por
causa da alta registrada pelos papéis da Petrobras, Vale do Rio
Doce e CSN.
As ações da Petrobras subiram
2,12%, beneficiadas pela alta do
petróleo registrada ontem.
Já os papéis da Vale e da CSN
-altas de 2,43% e 3,75%, respectivamente- foram beneficiados
pelo avanço no processo de descruzamento acionário das companhias. Segundo José Manoel
Amorim, da corretora Novação,
o descruzamento pode beneficiar
também as ações da Bradespar,
empresa que tem participação
nas duas siderúrgicas.
O que continua a impedir a alta
mais forte da Bovespa é a falta de
dinheiro novo no mercado. Poucos investidores têm se arriscado
a comprar ações.
O comportamento do preço do
petróleo ajudou a pressionar um
pouco o mercado de câmbio. Ontem, o dólar comercial registrou
pequena alta de 0,22% e fechou
em R$ 1,822 (venda).
(NEY HAYASHI DA CRUZ)
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