São Paulo, Domingo, 12 de Setembro de 1999
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Vaga é quase certa, mas o salário pode ser pequeno

da Reportagem Local

A pesquisa da AFL-CIO tem uma notícia boa e uma ruim: se o jovem sair de casa em busca de emprego nos EUA, terá grandes chances de arrumar um. Mas ninguém garante que ele será bom ou que pague bem.
A menor parte dos empregos para jovens empregados (cerca de um em cada quatro) está em grandes corporações. O restante está dividido em pequenas empresas ou colocações secundárias.
Durante os anos 80, as empresas aumentaram em cerca de 8% os valores gastos em benefícios para jovens empregados. Nos anos 90, o ritmo de investimento caiu para 4,2% (enquanto o salário de altos executivos quadruplicou).
O jovem está otimista com o futuro econômico dos Estados Unidos, mas não acredita que isso será fator suficiente para aumentar sua renda pessoal.
Para 62% dos entrevistados entre 18 e 24 anos, somente a educação e o trabalho pesado propiciam ascensão profissional.
Desde 1993, cerca de 75% dos novos empregos criados pela administração Bill Clinton pagam salários mínimos superiores a US$ 11 por hora.
Mas a maioria dos jovens só encontra emprego entre os 25% das vagas que pagam menos.
Metade dos jovens entrevistados disse que os novos empregos criados nos Estados Unidos pagam pouco. Segundo os dados, 39% dos americanos brancos entre 18 e 34 anos ganham menos de US$ 20 mil por ano. Entre os cidadãos negros, o índice é de 48%.
A pesquisa da Peter D. Hart Research Associates foi conduzida por telefone, entre 10 e 15 de junho, com 752 trabalhadores norte-americanos, com idade entre 18 e 34 anos.
(MaD)

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