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TRABALHO
Muitos não têm benefícios
Novos empregos nos EUA são precários
MARCELO DIEGO
da Reportagem Local
Os Estados Unidos alcançaram,
em agosto, a menor taxa de desemprego dos últimos 29 anos.
Mas uma pesquisa realizada pela
maior central sindical do país
mostra que muitos dos novos empregos estão sendo oferecidos
sem benefícios sociais. Os principais afetados são os jovens em
busca da primeira colocação.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, a taxa de
desemprego no país é de 4,2% da
PEA (População Economicamente Ativa). Em média, 1 em cada 25
trabalhadores norte-americanos
está sem emprego. No total, o país
tem 139,264 milhões de pessoas
aptas a trabalhar.
O maior índice de desemprego,
de 13,5%, é encontrado entre os
jovens de 16 a 20 anos. Desde o
início do ano, quando estava em
14,6%, a taxa vem caindo.
A "facilidade" em arrumar emprego no país criou uma preocupação entre os diretores da AFL-CIO, central sindical que reúne 13
milhões de associados: os novos
empregos oferecem seguro-saúde, plano de aposentadoria, pagam hora extra ou salários justos?
Para obter respostas, fizeram
uma pesquisa inédita entre jovens
trabalhadores norte-americanos.
O objetivo era provar a existência
de más condições de trabalho e
promover uma campanha de sindicalização entre os jovens.
A AFL-CIO contratou o instituto independente de pesquisa Peter D. Hart Research Associates.
O resultado, divulgado nesta semana, mostra que, entre trabalhadores de 18 a 34 anos, apenas 45%
recebem seguro-saúde fornecido
pelo empregador e somente 43%
têm contribuição previdenciária.
Sem seguro-saúde, o cidadão
norte-americano só pode ser
atendido no setor de emergência
dos hospitais. O atendimento médico fica restrito a clínicas mantidas por associações de caridade.
Cerca de 70% dos americanos
têm seguro mantido pelas empresas em que trabalham.
As estatísticas mostram ainda
que as coisas são piores para os jovens trabalhadores negros: somente 36% deles têm seguro-saúde e 32% contam com contribuição para aposentadoria.
De cada dois novos empregos
oferecidos a jovens entre 20 e 24
anos, um é conseguido por homem branco. O outro é disputado
por mulheres e por homens negros e latinos. Com os dados da
pesquisa, o sindicato quer promover campanha para aumentar
os benefícios sociais aos jovens.
Pretende obter o apoio do governo, com incentivos às empresas
que apoiarem os funcionários.
Com agências internacionais
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