JULIANA CARPANEZ
DA FOLHA ONLINE

O site de comércio eletrônico e leilões Mercado Livre concluiu ontem o processo de aquisição do concorrente Arremate.com na região da América Latina. O valor do negócio entre os sites não foi divulgado.
Com a iniciativa, as operações dos dois sites serão integradas no Brasil, Colômbia, Equador, México, Peru, Porto Rico, Uruguai e Venezuela. Apenas Argentina e Chile foram excluídas da aquisição do Arremate.com, pois foram compradas pelo grupo de mídia La Nación, um de seus antigos acionistas.
Na prática, pouco muda na maneira como os internautas fazem compras -o Arremate.com será mantido no mesmo endereço virtual, mas ganhará a "cara" do Mercado Livre.
No entanto, o fato de as duas páginas utilizarem a mesma plataforma fará com que elas tenham maior número de ofertas, usuários, anunciantes e transações.
"Em até 90 dias devemos completar o processo de integração. Vamos colocar a base de dados do Arremate.com na nossa plataforma, tomando cuidado para evitar a duplicidade de informações", disse à Folha Stelleo Tolda, diretor-presidente do Mercado Livre no Brasil.
Em toda a América Latina, o Arremate.com tem 4,7 milhões de usuários, enquanto o Mercado Livre conta com 9 milhões. Tolda reconhece, no entanto, que muitos destes clientes devem estar cadastrados nas duas páginas.
Nos sites de leilões, os clientes podem anunciar produtos e o operador da página fica com uma comissão sobre o valor de venda. Os sites também costumam cobrar para destacar anúncios.

Integração
Processos semelhantes de integração já haviam acontecido quando o Mercado Livre comprou as páginas de comércio eletrônico IBazar, em 2001, e o Lokau.com, em 2002.
Tolda afirmou que manterá ambos endereços eletrônicos de ambos os sites para evitar perder usuários cadastrados.
Criado em 1999, pouco antes do estouro da bolha da internet, o Mercado Livre surgiu como um site de leilões, a exemplo do americano eBay, hoje seu parceiro internacional. Em 2001, o site passou também a vender produtos novos a preços fixos.


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