São Paulo, domingo, 12 de novembro de 2006

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China será 2ª maior exportadora em 2007

País asiático deve ultrapassar Alemanha e se tornar também o 2º principal importador mundial, atrás apenas dos EUA

País, que entrou para a OMC em 2001, assumiu a 3ª posição entre os exportadores em 2004; nação era a 9ª em 1999


Elizabeth Dalziel - 15.set.06/Associated Press
Músicos se apresentam na inauguração de fábrica na China


DA BLOOMBERG

A China provavelmente ultrapassará a Alemanha para se tornar a segunda maior importadora e exportadora mundial no ano que vem, atrás dos Estados Unidos, num momento em que a economia do país asiático se expande e seu superávit comercial dispara, afirmou a OMC (Organização Mundial do Comércio).
As importações americanas superaram as exportações em US$ 783 bilhões no ano passado, valor que equivale a 8% do comércio mundial, calculou a OMC em relatório publicado na última semana, o que torna os Estados Unidos mais dependentes de investimentos estrangeiros para equilibrar seus fluxos de capital.
Por seu lado, o superávit comercial da China disparou e alcançou o recorde de US$ 23,8 bilhões no mês passado, após as importações terem alcançado sua maior baixa dos últimos 15 meses. Isso significa que o déficit dos Estados Unidos nas transações com a China provavelmente superará em 6% o recorde de US$ 201,6 bilhões do ano passado.
Atualmente a China é "um dos mais importantes mercados para matérias-primas", e a eliminação das cotas sobre produtos têxteis no início de 2005 teve o efeito de "aumentar a concorrência entre os países em desenvolvimento", disse o relatório da OMC. Apesar de ser uma importadora líquida de combustíveis, a China contrariou a tendência mundial e viu suas exportações se acelerarem, afirmou o órgão.
O volume de bens comercializados mundialmente subiu 6% no ano passado, disse a OMC. As exportações movimentam US$ 10,2 trilhões, enquanto as vendas externas de serviços comerciais se expandiram 10%, para US$ 2,4 trilhões. Em 2005, o crescimento mundial das exportações de equipamentos de informática e de telecomunicações superou a alta das exportações de produtos manufaturados pela primeira vez no último período de cinco anos e o aumento dos preços dos combustíveis estimulou as remessas dos países exportadores de petróleo.
A Europa, a maior região importadora e exportadora, registrou a menor alta em termos de crescimento de seu comércio entre todas as regiões do mundo por ter experimentado a mais fraca expansão econômica dentre elas. Em termos de volume, as importações e as exportações do continente europeu subiram 3,5%, metade da média mundial.
A Alemanha ultrapassou os EUA como o maior país exportador em 2003. A China, que entrou para a OMC em 2001, assumiu a terceira posição em 2004. Ela era a nona colocada em 1999.

Superávit
O resultado recorde do superávit comercial da China no mês passado, de US$ 23,8 bilhões, deve intensificar os apelos formulados pelos Estados Unidos e pela União Européia para que o yuan se valorize e para que o país asiático promova uma maior abertura de seus mercados.
O superávit ampliou-se ante os US$ 15,3 bilhões de setembro. O resultado superou as estimativas mais otimistas dos economistas. As exportações registraram salto de 29,6% e as importações cresceram 14,7% em outubro.


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