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Comércio mundial de etanol vai aumentar seis vezes até 2015
Países latino-americanos, liderados pelo Brasil, devem registrar um superávit de mais de 6 bilhões de litros, prevê empresa de pesquisa sobre açúcar
DA BLOOMBERG
O comércio mundial de etanol crescerá seis vezes até 2015,
com uma estimativa de superávit produtivo nas Américas e de
déficit na UE (União Européia)
e na Ásia, disse Christopher
Berg, vice-diretor da empresa
de pesquisa sobre açúcar F.O.
Licht GmbH.
O bloco europeu deverá importar mais de 3 bilhões de litros de etanol até 2015. No momento, os seus países-membros importam 500 milhões de
litros, afirmou Berg na semana
passada, durante a Conferência
Mundial do Etanol, organizada
pela F.O. Licht em Amsterdã
(Holanda).
As nações latino-americanas,
lideradas pelo Brasil, devem registrar um superávit de mais de
6 bilhões de litros de etanol até
o ano de 2015. A maior parte
dessa produção será exportada
predominantemente para os
países dos continentes europeu
e asiático.
A África deve registrar um
superávit até 2014, num momento em que deslancha a produção de etanol de países como
Moçambique e África do Sul,
disse Berg.
O interesse por parte dos governos mundiais nos biocombustíveis, produzidos a partir
do milho, da cana-de-açúcar ou
de óleos vegetais, é motivado
pelo desejo de substituir a utilização dos combustíveis fósseis,
restringir a emissão dos gases
causadores do efeito estufa e
dar respaldo aos setores agrícolas locais.
Programas de subsídio são os
principais impulsionadores do
crescimento desse setor, especialmente na Europa, segundo
a Agência Internacional de
Energia (AIE), que tem sua sede em Paris.
A produção mundial de biocombustíveis ficou em 20 milhões de toneladas no ano passado, representando 1% do
mercado mundial de combustíveis destinados a abastecer
meios de transporte, de acordo
com levantamento realizado
pela AIE.
A União Européia pretende
contar com 5,75% de biocombustível em todos os combustíveis automotivos comercializados em seu território até 2010.
A maior parte dos países-membros do bloco europeu estão
implementando essas metas
por meio de subsídios e de outros programas fiscais de apoio
ao setor.
Até 2007, a Alemanha introduzirá a mistura compulsória
em combustíveis automotivos
de 2% para o etanol e de 5% para o biodiesel. A adoção da mistura compulsória gerará um
déficit de etanol na região, afirmou Berg.
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