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MERCADO FINANCEIRO
Juros entre bancos caem de 42% para 36%
da Reportagem Local
Os juros do over, o mercado por
um dia, despencaram nos negócios entre bancos, de 41,70% ao
ano, anteontem, para 36,30%.
É que os investidores apostavam
que o Copom, o Comitê de Política Monetária, iria reduzir o teto
dos juros do over, a Tban, de
49,75% ao ano para cerca de 40% a
43%. O Copom só divulga as novas taxas de juros após o fechamento do mercado.
Mas a decisão do Copom é apenas formal, avaliam os analistas. A
atuação da mesa do Banco Central
no over hoje é que vai determinar
qual a política de juros a ser adotada: uma queda brusca ou gradual.
O Banco Central, segundo avaliação da maior parte do mercado,
atuaria hoje no over tomando dinheiro a 35%. Havia os que apostavam em 37%. Ontem, o BC tomou dinheiro a 42,75% no over.
Os negócios entre bancos no
over são feitos com cheque administrativo. Por isso, o pagamento é
no dia seguinte. Assim, os bancos
se anteciparam ao corte nos juros
e reduziram as taxas dos seus papéis para 36,30% ao ano ontem.
"Estamos em uma democracia. O governo pode usar os juros
como moeda de troca com o Congresso. Pode cortar as taxas a cada
vez que o Congresso votar medidas a seu favor", diz Mário Bello,
do Lloyds Asset Management.
O governo brasileiro subiu os juros, em setembro, para tornar os
investimentos em reais mais atrativos e segurar os dólares no país
após a crise de credibilidade com a
moratória russa, em agosto.
Neste mês, o mercado de câmbio
se acalmou. Ontem, até as 19h30, o
fluxo estava negativo em US$ 50
milhões. Com o resultado, o fluxo
acumulado no mês era negativo
em US$ 43 milhões.
Os rumores de que o Deutsche
teria entrado com um volume de
US$ 300 milhões no país não se
confirmaram até as 19h30. O mercado de câmbio fecha às 21h30.
A Bolsa de Valores de São Paulo
caiu ontem, 2,96%, com os investidores voltando suas atenções para as dificuldade do governo brasileiro em aprovar o aumento da
CPMF no Congresso.
O mercado de ações brasileiro
chegou a subir 2,84% quando a
Bolsa de Nova York, que terminou
em queda de 0,45%, também subia. O volume negociado na Bolsa
paulista, de R$ 611,58 milhões, ficou bem acima da média do mês
passado, de R$ 387 milhões.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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