São Paulo, sábado, 12 de dezembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br ANTES DA HORA Enquanto o mundo discute questões climáticas em Copenhague (Dinamarca), o clima apronta mais uma nos EUA. Uma forte neve antes da hora interrompeu a colheita do milho. Falta colher 12% da área. PROBLEMA O analista Fernando Muraro Jr., da AgRural, e que está visitando as regiões produtoras dos EUA, diz que esse atraso impede a primeira aplicação de fertilizantes. E isso pode complicar ainda mais a produtividade do milho, que, nesta safra, não agradou aos produtores. O QUE FAZER Diante do cenário, a área de milho poderá não crescer muito em 2010, segundo Muraro. Pesa ainda nessa decisão o fato de uma saca de soja valer 2,5 vezes a de milho, o que mostra vantagens para a oleaginosa. ALONGAMENTO A Marfrig obteve financiamento de US$ 300 milhões no Bradesco para alongamento de dívidas. A empresa esteve recentemente também no mercado externo para captação de recursos, segundo o mercado. NOVA ALTA Como a chuva continuou na primeira quinzena deste mês, a moagem de cana foi afetada e a oferta de álcool diminuiu. Consequência: nova alta nos preços do álcool. O hidratado foi a R$ 0,9647 por litro (mais 3,18%). Já o anidro atingiu R$ 1,1025 (mais 4,2%), segundo o Cepea. TRANSIÇÃO A alta desta semana ainda não é efeito da tradicional parada das indústrias neste período de ano, quando os preços ganham mais força. MAIS ADIANTE Essa parada ainda deve ocorrer, mas um pouco mais adiante, segundo Antonio de Padua Rodrigues, da Unica. Mas ela deverá ser mais curta nesta safra porque muitas empresas devem reiniciar a colheita já em março do próximo ano. EFEITO NEVE As commodities agrícolas tiveram pouca variação de preços ontem em Chicago, à exceção do milho, embalado pelas dificuldades de colheita devido à neve nas regiões produtoras. MELHORA NO FINAL Devido à recuperação das vendas nos últimos meses do ano, a produção de rações ficou praticamente estável em 2009: 58,4 milhões de toneladas. Já a produção de sal mineral caiu 10%, para 1,8 milhão. E 2010? A indústria de ração espera que a recuperação continue no próximo ano, com crescimento entre 5% e 10%. Apesar do câmbio, há boa expectativa de abertura de novos mercados, principalmente na Rússia e em países asiáticos. Texto Anterior: Bolsa sobe 0,78% e fecha acima dos 69 mil pontos Próximo Texto: Receita cobra R$ 4,3 bi de 50 mil empresas Índice

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