São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

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EUROPA

País deve ter registrado crescimento zero no 4º trimestre, segundo governo

Alemanha cresce 0,9% em 2005

DA REDAÇÃO

O PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha cresceu 0,9% no ano passado, a menor taxa desde 2001, devido ao consumo interno ainda fraco, e a economia pode ter ficado estagnada no quarto trimestre, de acordo com o governo do país.
O crescimento no ano passado ficou abaixo do registrado em 2004, quando foi de 1,6%. O dado era esperado por analistas, que previam expansão de entre 0,8% e 0,9% para a maior economia da União Européia. O desempenho fraco da Alemanha deve puxar para baixo a expansão do bloco.
O presidente do Escritório de Estatística Federal da Alemanha, Johann Hahlen, disse que o crescimento no quarto trimestre ficou abaixo do registrado no terceiro trimestre, quando ficou em 0,6%, mas não forneceu o dado exato.
Nos últimos meses, os índices de confiança dos consumidores e dos empresários vinham tendo bons resultados, com aumento das exportações e dos investimentos das empresas. O crescimento do PIB, no entanto, parece mostrar uma situação diferente.

Consumo fraco
Um dos obstáculos à expansão do consumo interno é o alto número de desempregados, o que faz com que os habitantes relutem em gastar suas economias. No ano passado, a taxa de desemprego ficou acima dos 11% na maior parte do tempo.
Outro problema foram os altos preços do petróleo e seus derivados durante o ano passado, o que reduziu a renda disponível para a compra de outros tipos de produtos. O consumo das famílias ficou estagnado em 2005, após subir 0,6% no ano anterior.
O principal motor do crescimento do PIB foi a expansão das exportações, que subiram 6,2% no ano passado. Já as importações cresceram 5%. "As exportações líquidas foram novamente o que puxou o crescimento, além de uma recuperação clara no investimento das empresas domésticas", disse Alexander Koch, economista do HVB Group.
O ministro da Economia da Alemanha, Michael Glos, disse ontem que o resultado demonstra a força da recuperação econômica do país. "A economia alemã mais uma vez mostrou sua força nas exportações e sua alta competitividade."
Sobre o consumo interno fraco, Glos disse que o problema era "o mercado de trabalho difícil e o avanço fraco da renda".
Economistas prevêem crescimento de cerca de 1,7% para o país europeu em 2006.


Com agências internacionais


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